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A dívida interna federal caiu R$ 18,44 bilhões em abril, em relação a março, passando de R$ 1,021,22 trilhão para R$ 1,002,78 trilhão. A queda de 1,8% é resultado de um resgate líquido de títulos no valor de R$ 26,9 bilhões ocorrido no mês passado. Os resgates totalizaram R$ 47 bilhões e as emissões foram de R$ 20,3 bilhões. A instabilidade externa fez com que o Tesouro Nacional adotasse em abril uma postura mais conservadora, encurtando os prazos na oferta de títulos e reduzindo as emissões, o que acabou se refletindo negativamente no perfil da dívida.

A parcela de títulos prefixados caiu de 28,8% para 27,6%, enquanto os títulos atrelados à Selic passaram de 49,55% para 49,98% na composição da dívida. O estoque da dívida corrigida pela Selic é de R$ 501,17 bilhões. A procura por títulos atrelados a índices de preços, que estava forte nos primeiros meses do ano, também foi um pouco menor. Essa parcela subiu de 21,23% em março para 21,94% em abril.

O objetivo do Tesouro na administração da dívida pública é alongar os prazos de vencimento e atrelar a maior parcela da dívida a títulos prefixados ou atrelados a índices de preços. Em abril, a parcela atrelada ao câmbio caiu de 2,3% para 2,2% do total da dívida, devido à valorização do real frente ao dólar em 3,8% e ao pagamento de R$ 593 milhões em juros e resgate de dívida cambial.

Com as operações de swap (que dão garantia à dívida cambial), a parcela da dívida exposta à variação cambial ficou negativa em 1,6%, o que equivale a uma posição ativa em câmbio de US$ 16,3 bilhões. A procura por NTN-B, títulos preferidos pelos investidores estrangeiros, também caiu em relação a março com a instabilidade do mercado externo, assim como os prazos de vencimentos dos títulos. Em março, a parcela maior desses títulos ofertados foi com prazo entre 5 a 10 anos (56,4%). Em abril, foram títulos com prazo entre 4 e 5 anos (51,66%).

Em maio, segundo o coordenador da dívida pública, Ronnie Tavares, o cenário continua muito parecido com o de abril.

- A tendência de elevação das taxas continua e a volatilidade não se reduziu - disse.

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