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Movimento no Afonso Pena deve chegar a 8,4 milhões de pessoas em 2014. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Movimento no Afonso Pena deve chegar a 8,4 milhões de pessoas em 2014.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Quem para

Confira a mobilização dos trabalhadores – nos aeroportos que terão greve, o TST determinou que pelo menos 80% dos funcionários estejam em seus postos.

Aeronautas (pilotos e comissários)

- A categoria aceitou a oferta de reajuste de 6,5% e não fará greve.

Aeroviários (pessoal de terra)

Estão em greve

- Rio de Janeiro/Galeão

- Salvador

- Brasília

- Belo Horizonte

- Fortaleza

Não estão em greve

- São Paulo/Guarulhos

- Rio de Janeiro/Santos Dumont

- Manaus

- Recife

- Curitiba e demais aeroportos do país, mesmo os vinculados à CUT

  • Sindicalistas e passageiros discutiram ontem, durante paralisação que atrasou e cancelou voos em Congonhas (SP)

Mesmo com aeronautas (pilotos e comissários) aceitando as condições propostas pelas empresas aéreas e cancelando a paralisação prometida para começar na noite de ontem, aeroviários (funcionários que trabalham em terra) ligados à Central Única dos Trabalha­dores (CUT) iniciaram uma greve na tarde de quinta-feira em quatro aeroportos do país, e prometiam cruzar os braços em Fortaleza no fim da noite de ontem.

O Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), é um dos que não vão parar por opção do Sindicato Nacional dos Aero­viá­rios, que está articulando a greve e preferiu concentrar a mobilização em locais de maior movimento. No entanto, a previsão é de que as operações sejam prejudicadas à medida que voos partindo dos cinco terminais parados atrasem ou sejam cancelados.

Negociação

Durante toda a quinta-feira, empresas e trabalhadores negociaram as condições para se evitar a greve. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (pilotos e comissários) aceitou o reajuste de 6,5% nos salários e de 10% nos benefícios, fechando as negociações com as companhias. Os valores fechados são menores do que os profissionais haviam pedido no início das conversas, de 13%.

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) diz que os 6,5% foram sugeridos por um "interlocutor" dos próprios trabalhadores na noite de terça-feira, depois de ser fechado o acordo de reajuste de 6,17% com os aeroviários do Rio e do Amazonas. Uma fonte que acompanhou a negociação, porém, disse que o novo porcentual foi uma imposição do governo, que não quer ver a repetição do caos aéreo dos últimos fins de ano. "Foi uma proposta empurrada goela abaixo das empresas e dos trabalhadores pelo governo", disse a fonte.

Pulverização

Os grupos que representam os aeroviários são pulverizados – existem sindicatos nacionais, ligados tanto à CUT quanto à For­ça Sindical, além de entidades locais, para um município ou até mesmo um aeroporto. Os municípios do Rio de Janeiro e Manaus, ligados à Força, fizeram acordo no começo da semana; os trabalhadores paulistanos resolveram adiar a definição para segunda-feira. Sindicatos locais de Recife e Guarulhos – vinculados à CUT, mas independentes do sindicato nacional – também resolveram seguir trabalhando.

Na quarta-feira, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, determinou que pelos menos 80% dos profissionais ligados às companhias aéreas trabalhem hoje, amanhã e nos dias 29, 30 e 31. De acordo com o tribunal, se a determinação não for cumprida, os sindicatos responsáveis pelas categorias terão de pagar multa diária de R$ 100 mil.

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