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O dólar fechou em leve queda ante o real nesta quinta-feira (27), depois de três sessões seguidas de alta, acompanhando a melhora do humor externo com o anúncio de reformas fiscais na Espanha e expectativas de medidas de estímulo na China. A moeda norte-americana caiu 0,16%, a R$ 2,0315 na venda. Durante o dia, oscilou entre R$ 2,0293 e R$ 2,0330.

O mercado de câmbio teve mais um dia de volatilidade reduzida, no entanto, com investidores evitando grandes apostas devido a ameaças de intervenção do governo. "Hoje as bolsas lá fora, em geral, subiram bem e o humor melhorou. Parece que a Espanha está caminhando para pedir um resgate oficial. Já a China pode colocar dinheiro nos mercados para melhorar a sua atividade", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.

A Espanha anunciou nesta quinta-feira um cronograma de reformas econômicas e cortes de gastos que o mercado interpretou como um esforço para atingir as condições necessárias a um resgate internacional.

O pedido de ajuda daria à Espanha acesso ao novo programa de compra de títulos do Banco Central Europeu, o que investidores consideram essencial para conter o avanço da crise da zona do euro.

Expectativas de medidas de estímulo na China também animavam os mercados, após o banco central chinês ter feito uma injeção recorde de 365 bilhões de iuanes (57,92 bilhões de dólares) no mercado monetário.

A melhora do humor do mercado levou a uma desvalorização do dólar também no exterior. Às 17h42, o dólar tinha queda de 0,41 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro subia 0,31 por cento ante a moeda norte-americana.

O movimento do dólar ante o real, porém, continua se mostrando limitado, pois persiste a expectativa de que o governo intervirá no mercado para manter o câmbio dentro de uma faixa estreita de negociação, entre 2,0 e 2,1 reais.

Em mais um sinal de que o BC está pronto para intervir no câmbio, o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo, disse nesta quinta-feira que o BC manterá a política de acumulação de reservas diante dos estímulos monetários feitos por bancos centrais no exterior.

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