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O dólar fechou numa nova mínima em quase um mês nesta segunda-feira, num dia de fraco volume de negócios devido a um feriado nos Estados Unidos e com investidores fazendo ajustes no mercado futuro na penúltima sessão do mês.

A moeda norte-americana caiu 0,50%, a R$ 1,593 na venda, renovando a mínima desde 4 de maio, quando terminou a R$ 1,589 para venda.

As quedas das últimas três sessões - na qual a cotação acumulou perda de 2,21% - diminuíram a valorização do dólar no mês a 1,27%.

"O feriado lá fora tirou toda a volatilidade. O mercado está com liquidez muito fraca, e aí qualquer lote grande de venda derruba (a taxa de câmbio)", disse Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil.

Enquanto o mercado de câmbio no Brasil encerrava as operações, o giro financeiro na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa somava pouco mais de 1,1 bilhão de dólares. A título de comparação, a média diária deste mês está em torno de 2,2 bilhões de dólares.

A baixa liquidez também afetava os mercados acionário e de commodities, que operavam sem a referência das praças financeiras norte-americana e britânica, fechadas por feriados.

Por aqui, a expectativa é de que na terça-feira os players intensifiquem os ajustes no mercado futuro típicos de fim de mês, quando disputam uma Ptax mais conveniente a suas operações. A Ptax é a taxa média ponderada do dólar, que serve de referência para a liquidação de contratos futuros e outros derivativos.

Novamente, espera-se que a pressão dos vendidos - investidores que ganham com o dólar em baixa - acabe prevalecendo, o que favorece quedas na taxa de câmbio.

"No (mercado) futuro, a briga do fechamento do contrato (de junho, mais curto) favorece um real mais forte. Realmente, isto é a unica coisa mais provável hoje", afirmou Carlos Gandolfo, sócio da Pioneer Corretora.

No exterior, o dólar operava praticamente estável ante uma cesta de divisas, enquanto o euro caía 0,3%, a 1,4277 dólar, ainda reverberando preocupações com a situação fiscal de países como Grécia e Irlanda.

Nesta segunda, a partir das 18h, o Banco Central realiza pesquisa de demanda para eventual leilão de swap cambial reverso na terça-feira.

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