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O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira (12), acompanhando outros mercados de câmbio e a trégua no avanço dos rendimentos dos títulos dos Estados Unidos, cuja escalada nas últimas semanas vem alimentando expectativas de menor fluxo para mercados emergentes.

A moeda norte-americana caiu 1,08%, a R$ 3,0195 na venda, após atingir R$ 3,0788 na máxima e R$ 3,0125 na mínima do dia. Na segunda-feira, a divisa subiu 2,31%, atraindo vendedores nesta sessão. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão .

“O dia começou mais negativo, mas houve um alívio global à tarde. O real acabou acompanhando e foi beneficiado pelo fato de que o movimento de ontem foi muito expressivo”, resumiu o superintendente de câmbio de uma gestora de recursos nacional, que pediu para não ser identificado.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e da Alemanha têm recuado com força nas últimas semanas, movimento que pode atrair para essas economias recursos aplicados em economias emergentes.

Nesta manhã, o rendimento do papel norte-americano de 10 anos chegou a subir a 2,366%, máxima em seis meses, mas reduziu os ganhos e passou a cair durante a tarde. Operadores têm afirmado que o dólar tende a se estabilizar nas próximas semanas por volta do patamar atual, pouco acima de R$ 3.

De um lado, a menor intervenção do Banco Central – que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho – tende a limitar o espaço para baixas. Do outro, investidores vêm apostando que o Federal Reserve deve elevar os juros norte-americanos apenas no segundo semestre, o que traz algum alívio para o mercado interno.

Nesta manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente US$ 2,756 bilhões, ou cerca de 29% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.

“A volatilidade ainda está alta, mas parece que esse nível é mais ou menos equilibrado”, disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

Na cena externa, preocupações com o aperto de liquidez pelo qual passa a Grécia sustentavam o clima de apreensão, mesmo após o país anunciar que pagou a parcela de 750 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que venceu nesta terça-feira. No entanto, a ausência de progresso claro nas negociações deixava os mercados preocupados com a possibilidade de Atenas eventualmente esgotar seus recursos e declarar default.

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