"A nossa projeção é de R$ 1,80 para o fim do ano. Mas daqui até lá é simplesmente um jogo de pôquer."
Mauricio Rosal, economista-chefe no Brasil da corretora Raymond James
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A ação dos BCs provocou uma queda de 2% do dólar ontem, com a moeda terminando um volátil mês de novembro na casa de R$ 1,80. Mas o alívio deve ser apenas temporário, com o câmbio ainda dependente da crise global sujeito, portanto, a solavancos. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,8128 para venda.
Em novembro, o dólar subiu 6,47%. "A nossa projeção é de R$ 1,80 para o fim do ano. Mas daqui até lá é simplesmente um jogo de pôquer", disse o economista-chefe no Brasil da corretora Raymond James, Mauricio Rosal. "Depende basicamente da situação na Europa. Hoje está R$ 1,80, amanhã pode estar R$ 1,70, R$ 1,90. A gente está numa situação extremamente volátil e deve permanecer aí um bom tempo", afirmou.
No Brasil, o Banco Central (BC) tem assistido ao vaivém do mercado sem intervir, por ora. A última atuação do BC ocorreu em 28 de outubro, quando fez um leilão de swap cambial, que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. O fluxo de capitais ao país também não tem sido fortemente prejudicado pela crise externa, com saldo positivo de R$ 686 milhões em novembro até o dia 25. A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a R$ 1,8109 para venda ontem, em baixa de 2,04% ante terça-feira.
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