O dólar retornou ao patamar de R$ 1,75 nesta quarta-feira (28), fechando com baixa de 0,68% após uma sessão instável por causa da crise da dívida em alguns países europeus. A moeda norte-americana terminou a R$ 1,753 e devolveu boa parte da alta de 1,09% registrada na véspera.
Na terça-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's passou a ver a Grécia como um investimento "especulativo", de alto risco. No mês, o dólar tem queda de 1,57%. No ano, alta de 0,57%.
O mercado de câmbio passou o dia atento à Europa. A moeda local se recuperava após atingir o menor valor em um ano, a US$ 1,3116, por causa dos problemas na Grécia. A decisão da S&P nesta quarta-feira de reduzir a nota da Espanha, para "AA" (dentro do grau de investimento), chegou a provocar uma breve queda do euro, anulando a queda do dólar no Brasil.
Mas, no fim da tarde, a decisão do Federal Reserve de manter o juro básico dos Estados Unidos em nível extremamente baixo como esperado ajudou a acalmar o ambiente. O euro voltou a subir e as bolsas voltaram ao território positivo.
"O foco mundial está na Europa", disse Marcelo Oliveira, operador de câmbio da corretora BGC Liquidez. "A Grécia não é mais novidade, mas a dúvida era o nível de contaminação em relação ao bloco", acrescentou, em referência à redução da nota da Espanha e também de Portugal, na terça-feira, o que aumentou a volatilidade do mercado.
O mercado soube ainda nesta sessão que o país teve quase US$ 1 bilhão em fluxo positivo na semana passada, reduzindo as saídas líquidas do país no mês a somente US$ 9 milhões, de acordo com o Banco Central.
Segundo profissionais de mercado, a provável alta do juro básico brasileiro nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) deve aumentar a atratividade do país ao capital estrangeiro.
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