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O dólar terminou esta terça-feira, 16, com queda de mais de 1% ante o real, a despeito dos sinais mistos exibidos pela moeda no exterior, pressionado por fluxo positivo e pela notícia de que o governo chegou a um acordo para colocar em votação o projeto de lei sobre desonerações. O recuo do dólar, somado a dados das vendas do varejo perto do piso da projeções, ajudou a pressionar as taxas de juros para baixo. A queda dos juros só não foi maior devido às preocupações em relação ao cenário político e ao ajuste fiscal.

No término do pregão, o dólar à vista fechou em R$ 3,0920 (-1,18%), no balcão. O volume de negócios totalizava US$ 707 milhões, segundo dados preliminares, perto das 16h30. No mercado futuro, o dólar para julho recuava 1,11%, aos R$ 3,1085.

A moeda abriu a sessão em alta, alinhada com a valorização no exterior em meio a tensões sobre a Grécia e refletindo cautela dos investidores em torno de votações de medidas do programa de ajuste fiscal. No entanto, a moeda perdeu força logo em seguida e passou a cair, reagindo ao fluxo cambial no mercados e à divulgação de dados mistos sobre construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos, que provocaram volatilidade do dólar no exterior.

As construções de moradias iniciadas nos EUA caíram 11,1% em maio, mais que a queda de 4,7% prevista, mas as permissões para novas obras - que são sinal de atividade futura - subiram 11,8%, contrariando o recuo de 3,9% esperado. Os números alimentaram as especulações sobre a reunião de dois dias de política monetária do Federal Reserve, que termina amanhã, e será seguida da entrevista coletiva da presidente da instituição, Janet Yellen.

O dólar acelerou as perdas ao longo da tarde, renovando mínimas na sessão, à medida que os investidores ampliavam as compras em meio à notícia de que o governo aceitou dar tratamento diferenciado a quatro setores econômicos no projeto de lei que revê a política de desoneração da folha. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, era contra abrir essa brecha, mas acabou tendo de ceder hoje em nome de um acordo para assegurar a aprovação da proposta, na Câmara, ainda nesta semana. Com a conclusão das negociações, devem ficar com uma recomposição de tributos mais suave os segmentos de comunicação social, transportes e call centers, além de alimentos que compõem a cesta básica.

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