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O dólar interrompeu uma seqüência de cinco altas ontem ao fechar com queda de 0,48%, vendido a R$ 2,450, após subir mais de 2% pela manhã e superar os R$ 2,50. Somente anteontem, a moeda norte-americana subiu 2,66% – maior alta porcentual em mais de um ano. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 1,38%, em um movimento de recuperação após a queda de 3,39% desta segunda-feira por conta da tensão com a situação política do país. O volume financeiro somou ontem R$ 1,284 bilhão.

"O mercado começou o dia na expectativa do depoimento da mulher do empresário Marcos Valério de Souza à CPI mista dos Correios. Como ela não disse nada bombástico, houve um ajuste de posições", afirmou Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy. Como Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza não apresentou novas denúncias durante a CPI, o mercado ficou mais tranqüilo. Com isso, os exportadores aproveitaram que o dólar subiu bastante ontem para vender a divisa no mercado e receber mais reais na troca de moedas.

Também teve efeito significativo no câmbio o anúncio do Tesouro Nacional de que não vai comprar dólares para honrar suas dívidas enquanto houver volatilidade no câmbio. O Tesouro pode comprar no mercado até US$ 4,963 bilhões para honrar compromissos da dívida externa que vencem no segundo semestre deste ano (julho e dezembro). A expectativa de uma atuação do Tesouro no câmbio a qualquer momento era um fator a mais de cautela no mercado. No fim do dia, era nítida também a melhora da percepção dos estrangeiros em relação ao Brasil. O risco-país tinha queda de 0,71%, para 419 pontos básicos.

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