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O dólar caiu pelo segundo dia seguido e fechou abaixo de 1,85 real nesta quarta-feira, influenciado por dados positivos na China em uma sessão de baixa volatilidade e volume reduzido de negócios.

A moeda norte-americana terminou a 1,848 real, em queda de 0,65 por cento.

Com isso, o dólar reduziu a alta acumulada no mês a 1,48 por cento e no ano a 6,02 por cento.

O comportamento do mercado de câmbio foi definido logo no começo do dia, depois que informações antecipadas sobre a economia da China renovaram o otimismo de investidores sobre a recuperação do crescimento econômico mundial.

Fontes afirmaram à Reuters que as exportações chinesas cresceram cerca de 50 por cento em maio em relação ao mesmo período do ano passado. O dado superou as previsões de aumento de 32 por cento e renovou a confiança em uma recuperação mais firme da economia global após a crise recente .

Outros números da China que circularam em uma conferência interna com investidores mostraram aumento de 3,1 por cento dos preços ao consumidor em maio sobre o ano passado. O principal índice de ações chinesas subiu quase 3 por cento.

A sessão teve volume bem mais baixo que na véspera. Segundo dados parciais registrados na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, houve 1,5 bilhão de dólares em negócios até minutos antes do fechamento, frente a 6 bilhões de dólares na terça-feira e média de 3,3 bilhões de dólares no mês.

A justificativa, segundo o operador de um banco nacional que preferiu não ser citado, é que não houve espaço para operações de giro interbancário com o objetivo de induzir a taxa de câmbio a uma determinada direção.

"Ontem teve gente que queria (o dólar) para cima e gente que queria para baixo. Por isso o volume", disse o operador, citando que nesta sessão a tendência do mercado já estava mais definida pelo cenário externo.

A divulgação do fluxo cambial da semana passada não teve impacto sobre os negócios. De acordo com os dados do Banco Central, a entrada líquida de dólares no país registrou em maio o nível mais alto desde novembro .

Na noite desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve anunciar mais um aumento da taxa básica de juro, conforme expectativa do mercado.

A decisão não deve afetar o dólar no curto prazo, afirmaram operadores, mas tende a fortalecer o ingresso de capitais no longo prazo.

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