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O dólar fechou com queda de mais de 2% sobre o real nesta sexta-feira (10), a mais forte em três meses, acompanhando o otimismo do cenário externo diante da China e da possibilidade de acordo entre a Grécia e seus credores.

A moeda norte-americana caiu 2,30%, a R$ 3,1612 na venda, o maior recuo desde 8 de abril (-2,48%), mas acumulou na semana valorização de 0,70%. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 900 milhões nesta sessão.

“Em relação à Grécia, não é que os problemas vão ser resolvidos, mas a expectativa de que se alonguem os prazos da dívida neste momento de turbulência dá um alívio”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Na véspera, a Grécia enviou propostas detalhadas de como deve cumprir as condições para receber nova ajuda financeira e o premiê grego, Alexis Tsipras, fez um apelo aos parlamentares de seu partido nesta sexta-feira para que apóiem o plano enviado aos credores.

Bolsas da China sobem e ajudam a impulsionar mercados asiáticos

As Bolsas chinesas fecharam em alta pelo segundo dia seguido nesta sexta-feira (10), após enfrentarem turbulências no início da semana que afetaram os principais mercados mundiais.

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Durante a tarde, o ministro das Finanças da Grécia, Euclid Tsakalotos, disse ao Parlamento que o país vai conseguir transferir os títulos públicos gregos detidos pelo Banco Central Europeu (BCE) ao Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (ESM, na sigla em inglês).

Os ministros das Finanças da zona do euro se reúnem sábado para discutir a dívida grega e se o país precisa de alívio como parte das negociações mais amplas por um resgate.

As chances de que a Grécia possa deixar a zona do euro neste ano caíram nesta sexta-feira, segundo casas de apostas, uma indicação que trouxe mais alívio para os investidores financeiros.

Neste cenário, o dólar também recuava diante de outras moedas, como o peso mexicano e o euro.

Bolsa da China

Na China, o mercado acionário teve forte alta pelo segundo dia seguido, devido a série de medidas de apoio do governo para conter a queda de mais de 30% que atingiu o mercado ao longo de quarto semanas.

“A bolsa da China fechou novamente em forte alta e parece que as medidas para sustentar a liquidez do mercado de ações estão dando certo”, escreveu o operador de câmbio da Correparti Correrota Jefferson Luiz Rugik.

Também trouxe alívio ao mercado o discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, de que espera que o banco central dos EUA eleve a taxa de juros em algum momento deste ano, mas indicou suas preocupações de que os mercados de trabalho dos Estados Unidos continuam fracos.

Swaps

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 2,107 bilhões, ou cerca de 20% do lote de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.

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