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Com nova intervenção do Banco Central e menor aversão ao risco entre os investidores, o dólar à vista -referência para as negociações no mercado financeiro- fechou hoje em queda de 1,3%, cotado em R$ 2,214 na venda.

O dólar comercial -utilizado no comércio exterior- teve perda de 0,71%, para R$ 2,212. A saída de investidores de aplicações mais seguras para mercados mais arriscados, como a Bolsa, ajudou nesse movimento.

Assim, o principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, teve alta de 2,01% hoje, para 46.893 pontos.O Banco Central promoveu pela manhã um novo leilão de swap cambial tradicional, que equivale a venda de dólares no mercado futuro.

O objetivo da operação, segundo operadores ouvidos pela Folha, foi novamente injetar mais dólares no mercado para tentar reduzir a volatilidade da moeda, que acumulou alta de 5,7% na semana passada.

A autoridade já havia realizado cinco operações como esta entre os dias 17 e 21 de junho, injetando US$ 14,3 bilhões no mercado.

Dos 66,6 mil contratos ofertados hoje, com vencimentos em 1º de outubro e 1º de novembro, 65,5 mil foram vendidos, pelo valor de US$ 3,257 bilhões.

"Desde ontem o dólar apresenta um "alívio" após representantes do BC americano terem amenizado o anúncio de Bernanke [presidente da instituição] de que os estímulos monetários no país começarão a ser cortados ainda neste ano", avalia Reginaldo Galhardo.

Segundo Bernanke, até á metade do próximo ano, o BC americano deve encerrar seu programa de recompras mensais de US$ 85 bilhões em títulos públicos -movimento que deve enxugar a entrada de dólares em mercados emergentes, de acordo com especialistas, pressionando a cotação da moeda americana para cima.

Ontem, no entanto, o presidente do Federal Reserve (BC americano) de Dallas, Richard Fisher, afirmou que o banco vai conduzir uma política expansionista mesmo se reduzir seu estímulo. "A fala animou o mercado", disse Galhardo.

Diante da escalada do dólar no ano, com alta em torno de 9% em relação ao real, a presidente Dilma Rousseff telefonou ontem para o presidente da China, Xi Jinping, para tratar de uma ação coordenada dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) visando conter a valorização da moeda americana.

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