A valorização de 20,3% do dólar entre julho e setembro causou um prejuízo de R$ 9,6 milhões à companhia de telecomunicações GVT, que tem sede em Curitiba. Embora tenha registrado expansão nas receitas e na margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no trimestre, a empresa foi afetada pelo fato de ter 75% de sua dívida de longo prazo, de cerca de US$ 185 milhões, atrelada à moeda norte-americana.

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A GVT ressalta que, apesar do resultado negativo, não houve saída de recursos de seu caixa. De acordo com a companhia, trata-se de uma atualização do valor da dívida, que vencerá apenas em junho de 2011. Se o dólar cair nos próximos trimestres, por exemplo, terá reflexos positivos nos balanços da companhia, explicou o vice-presidente da unidade de varejo da empresa, Alcides Troller.

"Esse prejuízo não está relacionado ao desempenho operacional da GVT. Se observarmos o Ebitda – que reflete melhor os resultados da operação, ignorando efeitos contábeis, eventuais depreciações, custos de aquisições, variações cambiais –, veremos que ele passou de R$ 250 milhões nos nove primeiros meses de 2007 para R$ 358 milhões no acumulado de 2008 até setembro. A margem Ebitda, que era de 35,2%, passou para 37,5% nessa mesma comparação", disse o executivo. "Essa é uma sinalização clara de nossa capacidade de gerar caixa, de manter nossos planos de investimento e mesmo de cumprir obrigações de dívidas no futuro."

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Expansão

De acordo com o balanço divulgado ontem, a GVT teve receita líquida de R$ 347,4 milhões no terceiro trimestre, com alta de 34,1% sobre o mesmo período de 2007. O Ebitda cresceu 42,1%, somando R$ 132 milhões. Apesar do prejuízo no último trimestre, de janeiro a setembro a empresa acumulou lucro líquido de R$ 79,7 milhões, mais que o triplo do valor dos nove primeiros meses de 2007. Outro dado destacado no balanço foi a incorporação de 203 mil novas linhas – um recorde trimestral – à sua base, que chegou a 1,74 milhão de linhas.