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O mercado de câmbio dedicou a quarta-feira à correção dos excessos da véspera, quando levou o dólar à maior alta do ano (+1,89%). Desta vez a moeda americana caiu 0,74% e fechou valendo R$ 2,139 na compra e R$ 2,141 na venda.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em leve baixa, com o mercado dividido entre o bom desempenho das bolsas americanas e a cautela com a proximidade do feriado de Carnaval. O Índice Bovespa fechou em alta de 0,21%, aos 38.246 pontos. Os negócios somaram R$ 2,464 bilhões.

- Houve entrada de recursos externos, mas creio que a queda foi determinada principalmente pela correção dos exageros de terça-feira - disse o gerente da mesa de câmbio de um banco nacional.

Segundo ele, o mercado criou um mal estar coletivo depois da divulgação do déficit em conta corrente e da redução das posições "vendidas" dos bancos. Além disso, há a proximidade do final do mês, quando os investidores do mercado futuro disputam cotações para liquidação de contratos. Como se não bastasse, a chegada do feriado de Carnaval aumenta a cautela do investidor.

- Hoje o mercado se deu conta de que, apesar de algumas notícias terem vindo um pouco diferente do esperado, não há sinal concreto de reversão da tendência de queda do dólar - afirmou.

BOVESPA - Entre a máxima e a mínima, o Ibovespa oscilou de uma alta de 1,22% e uma baixa de 0,29%. A alta das bolsas americanas e o bom humor dos investidores estrangeiros foram fundamental para a alta das ações, mas não o suficiente para neutralizar a queda de 0,97% registrada na véspera.

- A bolsa não cai mais, mas também não tem força para subir muito. Ninguém quer correr o risco de receber uma notícia negativa na segunda ou terça-feira, e não poder fazer negócios - disse Alexandre Póvoa, diretor do banco Modal Asset Management.

As ações do Bradesco passaram por uma correção e fecharam em queda de 2,66%, a segunda maior baixa do Índice Bovespa. O banco anunciou pela manhã um lucro de R$ 5,5 bilhões, o maior já registrado por um banco da América Latina. As maiores altas do Ibovespa foram de Eletrobrás ON (+3,77%) e Cemig PN (+3,72%).

JUROS - No mercado futuro de juros, todas as projeções da taxa Selic fecharam em baixa. Além do dólar, elas acompanharam o resultado do IPCA-15 de fevereiro, que apontou taxa de 0,52%, contra estimativa de 0,55%.

RISCO - O EMBI+ Brasil, indicador que mede o risco-país brasileiro, marcava 230 pontos centesimais no final da tarde, estável no dia. O EMBI+ é calculado pelo banco JP Morgan, somente para os países emergentes. Ele mede o grau de confiança depositado no país pelo investidor estrangeiro, a partir das oscilações dos títulos da dívida externa desses países.

PARALELO - O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou estável nesta quarta-feira, cotado a R$ 2,23 na compra e R$ 2,33 na venda. O dólar turismo subiu 0,45% e fechou a R$ 2,095 na compra e R$ 2,245 na venda.

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