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A Alemanha entra para a guerra cambial, mas no lugar de atacar apenas a moeda chinesa por ser mantida desvalorizada de forma artificial, Berlim optou por romper um tabu na Europa e acusa o dólar também de estar sendo artificialmente desvalorizado.

A Alemanha é a principal economia europeia afetada pela valorização do euro, já que seu crescimento é dependente em grande parte de seu desempenho exportador. Em apenas quatro meses, o euro se valorizou em 17% ante a moeda americana. Com um dólar desvalorizado em relação ao euro, a competitividade dos produtos alemães também foi afetada.

Por enquanto, os ataques estavam todos sendo direcionados contra a China. Mas Berlim indicou que sua preocupação também estava do outro lado do mundo, nos Estados Unidos. "Quando se injeta uma quantidade extrema de liquidez, o dólar desvaloriza-se gradualmente", disse o porta-voz de Angela Merkel, Steffen Seibert. Ele alertou ontem que nem o dólar nem o yuan estão cotados no seu "valor real" no mercado cambial. O ataque à moeda americana é a primeira já feita por um governo da União Europeia desde o início da crise.

Seibert, em seu comunicado, se referia à decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) de garantir, nesta semana, maior liquidez para a economia dos Estados Unidos.

Queda livre

Nos últimos dias, o euro atingiu seu nível mais baixo em oito meses em relação ao dólar. Ao mesmo tempo, as exportações da Alemanha caíram em agosto pelo segundo mês consecutivo, em 0,4%. Em julho, as vendas já haviam sofrido uma queda de 1,6%.

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