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Mudança

O novo sistema de câmbio, que funciona desde 3 de outubro para o mercado primário de transações de comércio exterior, deve ajudar a partir de 2 de janeiro de 2012 a reduzir os custos para pessoas físicas e empresas que desejarem comprar moedas estrangeiras via bancos e corretoras para viagens ao exterior, comentou o gerente-executivo de normatização de câmbio e capitais estrangeiro (Gence) do Banco Central, Geraldo Magela.

Isso vai ocorrer porque as instituições financeiras que negociam divisas de outros países para este público vão ter de divulgar o valor total efetivo da operação, incluindo tarifas, taxas e impostos. "Hoje, cada instituição tem um tipo de modelo para informar a tarifa. Uma divulga a taxa cheia, outra a taxa com imposto", destacou.

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O dólar voltou a registrar forte queda ante o real nesta sexta-feira (28), caminhando para a maior queda mensal em mais de oito anos, com a menor cautela com a crise de dívida na Europa abrindo espaço para um maior fluxo de recursos ao país.

A moeda norte-americana recuou 1,44%, para R$ 1,68 na venda. Faltando apenas uma sessão para o fechamento do mês, a divisa norte-americana já soma desvalorização de 10,48% em outubro.

Se confirmado esse ritmo, será o maior tombo mensal desde abril de 2003, quando a moeda desabou 13,20 %, poucos meses após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República.

A baixa da taxa de câmbio compensa, em parte, a disparada de 18% na cotação verificada no mês passado, em meio à escalada das preocupações com a crise de dívida na Europa.

Foi a primeira vez desde 9 de setembro, quando fechou a R$ 1,67 real na venda, que o dólar ficou abaixo de R$ 1,70. No acumulado da semana, a taxa de câmbio recuou 5,40%.

De acordo com profissionais consultados pela Reuters, o acordo entre líderes europeus para combater a crise de dívida da região, acertado na véspera, trouxe de volta, ao menos por ora, a tranquilidade aos mercados, o que favorece o retorno dos investimentos a países com fundamentos sólidos e elevados rendimentos, como o Brasil.

"A Europa tirou a aversão ao risco e agora os fundamentos da economia brasileira se tornam mais importantes", afirmou o economista-chefe do Espirito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

Na véspera, os mercados financeiros globais tiveram um dia de euforia, depois que autoridades europeias chegaram a um acordo envolvendo a participação de credores privados na ajuda à Grécia e o reforço no fundo de resgate da região, que pode chegar a 1 trilhão de euros.

O acordo amenizou temores quanto a um contágio da crise de dívida da Europa e a seus efeitos sobre a economia global.

Juro ainda elevado

Para o analista econômico da Win Trade José Goés, os agentes tendem a olhar com mais atenção a taxa básica de juros brasileira que, mesmo em queda, ainda é uma das maiores do mundo.

A Selic está atualmente em 11,50% ao ano, e investidores apostam em mais duas quedas de 0,5 ponto percentual até o início de 2012. A taxa remunera, entre outros, os títulos públicos, acaba atraindo mais investidores estrangeiros e, dessa forma, mais dólares para o país. Com fluxo intenso, a tendência é de queda da moeda norte-americana.

Santos, do Espirito Santo Investment Bank, acredita que o nível de R$ 1,70 deve se mostrar um patamar de suporte para o dólar.

"Apenas com o tempo, se vierem notícias consistentes da Europa, o dólar pode ir a 1,65 (real). Mas 1,60 (real) é um nível em que o Banco Central já mostrou que pretende fazer atuações (para frear a queda)", disse.

O BC realizou pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, no qual rolou cerca de metade dos 30 mil contratos (1,5 bilhão de dólares) ofertados, mas sem grandes impactos no comportamento da moeda nessa sessão. Foi o quarto leilão feito pela autoridade monetária desde que voltou a atuar com essa ferramenta, no fim de setembro.

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