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O dólar reverteu a alta dos três últimos pregões e fechou nesta terça-feira (22) no menor nível em um ano diante do real, atento a ingressos de recursos e ao recuo da moeda norte-americana no exterior.

No fechamento, o dólar caiu 1,10%, cotado a R$ 1,798 na venda. É o menor patamar desde 22 de setembro do ano passado, quando fechou a R$ 1,793. A alta nos preços das commodities e o tom positivo nos mercados acionários contribuíram.

"Hoje o que se viu foi fluxo positivo, o que levou a um movimento mais forte de vendas. O mercado está em compasso de espera pelos IPOs, e isso também contribuiu", avaliou o diretor de câmbio de uma corretora em São Paulo. "O mercado está muito ofertado", resumiu o operador de câmbio de um banco nacional.

Analistas têm ressaltado a expectativa de investidores por mais entradas de recursos no mercado local, especialmente via ofertas de ações e emissões de dívida. Entre as companhias que planejam ofertas de ações primárias ou secundárias estão Tivit, Multiplan, Rossi, PDG Realty e Santander Brasil, cujo IPO pode alcançar até R$ 15,6 bilhões, um dos maiores do mundo.

Nos mercados acionários, o viés otimista prevalecia, com a sensação de que a retomada da economia pode estar ganhando força. As atenções estavam voltadas para a renião do Federal Reserve, que na quarta-feira anuncia como fica a política monetária dos Estados Unidos.

O bom desempenho das commodities deu mais combustível à queda da moeda norte-americana. Em Nova York, os futuros do petróleo fecharam em alta de 2,6%.

BC

A baixa do dólar no cenário externo também ajudava a valorizar o real. Frente a uma cesta com as seis principais divisas globais, a moeda norte-americana cedia 0,9% no final da tarde e caía ao menor nível diante do euro.

Logo após o leilão diário de compra do Banco Central as cotações recuaram mais ainda. Segundo operadores, isso ocorreu porque os bancos liberaram dólares ao mercado depois de segurarem parte deles durante o dia. Essa "desova" permitiu que a moeda norte-americana acentuasse a queda perto do fechamento. A taxa de corte definida na operação foi R$ 1,7997.

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