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São Paulo – O dólar comercial encerrou o dia de ontem cotado no menor valor desde outubro de 2000. Em um dia com poucos negócios por conta do feriado no Estado de São Paulo (Revolução Constitucionalista de 1932), o dólar fechou em baixa de 0,26%, cotado a R$ 1,898 para venda. Operadores de corretoras estimaram que o volume negociado com dólar não alcançou os US$ 200 milhões – o que equivale a cerca de 10% do giro de um dia normal. Assim, o Banco Central preferiu não atuar no mercado.

A Bovespa ficou fechada. Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou com alta de 0,28%. A Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 0,13%.

A última vez que a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 1,90 foi em 20 de outubro de 2000, a R$ 1,896. Neste ano, o dólar só operou abaixo de R$ 1,90 no dia 20 de junho, quando a moeda chegou a ser negociada a R$ 1,897, mas encerrou o pregão cotada a R$ 1,93.

A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marcou os 148 pontos às 16h20, em alta de 1,36%.

A comemoração da Revolução Constitucionalista deixou o mercado de câmbio sem as suas principais referências, uma vez que a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e os principais bancos não abriram ontem. Além disso, o mercado trabalhou sem a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Na última semana, o dólar já havia acumulado perda de 1,35% e encerrou a sexta-feira cotado a R$ 1,903 para venda – menor patamar do ano, até então. Alguns analistas apostavam que o dólar poderia testar a barreira de R$ 1,90 ainda na semana passada.

Profissionais do mercado apontam que o movimento de queda do dólar é influenciado pelos bons indicadores da economia brasileira, como o superávit comercial em alta, o risco-país em queda e o aumento do fluxo de capitais estrangeiros no Brasil.

Um dos fatores que tem contribuído para a depreciação da moeda norte-americana frente ao real é o bom resultado conquistado pela balança comercial brasileira.

Ontem, o Ministério do Desenvolvimento anunciou um superávit comercial de US$ 927 milhões na primeira semana de julho. Esse resultado contribuiu para o superávit comercial acumulado no ano, que está em US$ 21,589 bilhões, um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 21,238 bilhões).

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