O dólar terminou em alta frente ao real nesta quarta-feira (15), acompanhando a oscilação da moeda no exterior em meio a preocupações com a situação fiscal de países europeus.
O avanço da cotação, contudo, foi limitado por ingressos pontuais ao longo do dia, com investidores estrangeiros atraídos pelos elevados rendimentos em aplicações no mercado local.
A divisa norte-americana subiu 0,35%, a R$ 1,701 na venda. Contra uma cesta de moedas , o dólar ganhava 0,9% no final da tarde, amparado pela queda do euro .
"A nossa taxa de juros é bem alta, e isso atrai dólares. Mas, de qualquer forma, não dá para ignorar a alta do dólar no exterior. O mercado ainda está muito atento aos problemas na Europa e isso deve manter alguma cautela", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.
A Selic está atualmente em 10,75% ao ano.
O euro caía quase 1% contra a moeda norte-americana, e o principal índice das ações europeias terminou em baixa, pressionados pelo nervosismo do mercado após a agência de classificação de risco Moody's ameaçar rebaixar a nota de crédito soberano da Espanha.
Pouco após o fechamento dos negócios locais, a clearing (câmara de compensação) de câmbio da BM&FBovespa mostrava pouco mais de US$ 2,8 bilhões em operações, em linha com a média deste mês até agora.
Aloisio Teles, economista do Nomura Securities, acredita que no curto prazo a cotação deve continuar numa estreita faixa de oscilação, diante da possibilidade de o governo interferir no mercado de câmbio para conter valorizações excessivas do real.
"Continuo vendo a moeda oscilar, ao menos por enquanto, numa reduzida faixa de variação, e o nível entre R$ 1,68 e R$ 1,74 parece ser esse intervalo", escreveu em nota.
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