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O dólar fechou em leve alta nesta quinta-feira (08), completando o sexto dia consecutivo de alta após oscilar sem tendência definida ao longo do dia.

Dados do Banco Central (BC) confirmaram a percepção dos agentes sobre a continuidade da entrada de dólares no país. O que tem sustentado a valorização da moeda norte-americana, segundo operadores, é a cautela --principalmente de investidores estrangeiros-- com a crise internacional.

A moeda norte-americana teve variação positiva de 0,28 por cento, fechando a 1,6600 real para venda nesta quinta-feira. Nos cinco dias anteriores, o dólar já acumulava valorização de 4,3 por cento.

A subida constante da moeda norte-americana acontece mesmo em um ambiente de abundância de capital estrangeiro no país. Dados do BC mostraram a entrada de 5,271 bilhões de dólares em apenas dois dias de setembro, com saldo acumulado de 65,085 bilhões de dólares em 2011 --mais que o dobro dos 24,354 bilhões registrados em todo o ano passado.

Parte do saldo de setembro, 1,951 bilhão de dólares, veio por operações comerciais, com operadores identificando uma oferta maior de exportadores interessados em aproveitar a cotação mais alta do dólar. Outra parte, de acordo com dois profissionais de mercado, pode ter relação com a venda de 15 por cento da produtora de nióbio CBMM para um grupo chinês por 1,95 bilhão de dólares.

"Só não caiu o dólar por aversão (a risco). Os gringos 'mataram no peito' a entrada de dólares", disse o gerente de derivativos de uma das principais corretoras de São Paulo, em referência à compra de dólares pelos estrangeiros em meio às incertezas sobre a crise da dívida na Europa.

Dados da BM&FBovespa mostravam posição comprada líquida dos investidores estrangeiros em contratos de dólar futuro de 9.776 papéis, ou o equivalente a 488,8 milhões de dólares. Se considerada a posição em cupom cambial (DDI), os estrangeiros exibem posição vendida de 13,5 bilhões de dólares, a menor aposta na queda do dólar desde maio.

A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,6566 real para venda, em queda de 0,10 por cento.

O BC realizou apenas uma intervenção no mercado à vista nesta quinta-feira, comprando dólares por até 1,6573 real.

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