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O dólar caiu nesta terça-feira após três altas seguidas, mas manteve o padrão de poucas oscilações dos últimos dias com a espera do mercado por definições na política monetária dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana fechou a 1,6000 real para venda, com queda de 0,31%. Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar tinha queda de 0,34 por cento às 17h.

A baixa se acentuou no fim do dia, junto com a alta de mais de 2% das bolsas norte-americanas, por causa da expectativa de que o chairman do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke, possa dar algum sinal de que haverá mais uma rodada de compras de títulos para estimular a economia.

"O mercado está totalmente em sintonia com o que está acontendo lá fora. E fica dentro desse patamar de 1,60, 1,61 (real), não mostra uma tendência clara se vai cair ou subir. Até porque vamos ter definições fortes na sexta-feira", disse o consultor financeiro da Previbank DTVM, Jorge Lima.

Não repercutiu na taxa de câmbio a declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo estuda compensar aos exportadores o imposto pago em operações com derivativos de câmbio, talvez por meio de um desconto no Imposto de Renda.

O governo anunciou em 27 de julho a cobrança de 1 por cento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações com derivativos de câmbio que aumentem as posições vendidas em dólar no mercado futuro. O intuito era diminuir a especulação, mas a medida foi criticada por alguns setores, porque também impactou operações de hedge feitas por exportadores.

Também teve pouco impacto o anúncio de que as posições vendidas dos bancos no mercado à vista de câmbio despencaram a 1,988 bilhão de dólares em agosto, de acordo com dados do Banco Central (BC) referentes ao dia 19.

A autoridade monetária também anunciou que o déficit em transações correntes do Brasil recuou 24 por cento em julho frente ao mesmo período do ano passado, a 3,497 bilhões de dólares, como reflexo do crescimento das exportações, especialmente commodities.

A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,6036 real para venda, em alta de 0,17 por cento ante segunda.

O BC manteve o padrão de intervenções dos últimos quatro dias, com apenas um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A taxa de corte foi de 1,6015 real.

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