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O Banco Central não conseguiu novamente segurar a cotação do dólar, que caiu pelo segundo dia consecutivo e voltou para R$ 2,29. Mesmo com o tradicional leilão de swap cambial reverso e as compras no mercado à vista, a moeda americana fechou o dia em queda de 1,72%, a R$ 2,289 na compra e R$ 2,291 na venda, na mínima registrada no dia.

O Banco Central realizou nesta quarta-feira mais um leilão de swap reverso. Na terceira oferta da semana, o BC vendeu 8.600 dos 8.800 contratos oferecidos. A operação rendeu US$ 409 milhões. A instituição também comprou dólares no mercado à vista, pagando R$ 2,2970 no leilão, que durou apenas 10 minutos e encerrou às 15h41m. Foram aceitas 19 propostas.

"A expectativa de entrada de capital externo e a ata do Federal Reserve (Banco Central americano) sinalizando o fim da alta dos juros nos Estados Unidos favoreceram o mercado cambial. Nosso juro continua atrativo e o mercado segue firme com resultados positivos na balança comercial", disse Hideaki Iha, operador de câmbio da Corretora Souza Barros.

A alta do juro nos EUA já dura um ano e meio, mas autoridades do Fed sugeriram que apenas alguns ajustes podem ocorrer daqui para a frente. Na reunião de dezembro, o Federal Reserve elevou a taxa em 0,25 ponto percentual para 4,25% ao ano. Foi a 13ª alta consecutiva. A estabilização do juro americano agora fortalece a posição de países emergentes como o Brasil, já que taxas menores nos Estados Unidos significam mais recursos para esses países.

A entrada de recursos estrangeiros já foi sentida nesta quarta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O Ibovespa subia às 17h 0,99% para um novo recorde histórico, com 34.881 pontos - na máxima chegou a atingir 35.223 pontos. Segundo informou nesta quarta-feira a bolsa, o saldo de recursos estrangeiros chegou a R$ 5,86 bilhões no ano passado, quando o Ibovespa subiu 27,71%. Em 2004, foram apenas R$ 1,8 bilhão.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os juros futuros fecharam em queda em todos os contratos. O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril de 2006 caiu 0,06%, passando de 17,33% para 17,32%. O contrato de julho deste ano também caiu 0,06%, de 16,83% para 16,82%. O DI de outubro deste ano teve redução de 0,12%. Nesse caso, o contrato, que fechou ontem em 16,55%, ficou em 16,53%. O DI de janeiro de 2007, o mais negociado caiu 0,24%, de 16,38% ao ano para 16,34%. O contrato de abril de 2007 ficou em 16,15% ao ano, contra 16,19% no fechamento anterior, o que significa uma queda de 0,25%.

O risco-país, indicador da confiança do consumidor estrangeiro, caía às 17 9 pontos, para 290 pontos centesimais. O EMBI+ brasileiro aponta, de novo, para o menor número registrado pelo J.P. Morgan. A expectativa continua de queda, já que neste ano, apesar das eleições, não há previsão de mudanças na política monetária e a economia deve continuar crescendo.

"Todas as análises das agências de rating são favoráveis ao Brasil. Pode até haver alguma volatilidade, mas nada como no passado. O mercado já conhece a política do PT e do PSDB, que devem disputar a presidência neste ano", disse Iha.

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