O dólar comercial fechou em queda de 3% nesta quinta-feira, a R$ 2,253, acompanhando o bom humor gerado por indicadores da economia americana e a conseqüente alta das bolsas de valores de todo o mundo. Às 16h47m, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) avançava 2,79%, aos 37.551 pontos; o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subia 0,84% e a Nasdaq tinha alta de 1,67%. O risco Brasil recuava 1,12%, aos 263 pontos centesimais.
Segundo o gerente de câmbio da corretora Novação, José Roberto Carreira, o volume de negócios interbancários atingiu R$ 2,4 bilhões, bem acima do registrado ontem (R$ 1,4 bilhões). O Banco Central, que nos dois últimos dias interveio no mercado com leilões de swap cambial (que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro), desta vez se manteve de fora.
- Os negócios se concentraram na parte da manhã, após a divulgação de dados da economia americana - comentou Carreira.
Nos Estados Unidos, foram divulgados vários indicadores que podem influenciar a inflação e, conseqüentemente, as taxas de juros. Apesar de não ofecerem uma interpretação conclusiva, os investidores reagiram bem.
Um relatório do governo informou que a produtividade dos trabalhadores aumentou 3,7% no primeiro trimestre, acima do número preliminar (3,2%), porém abaixo da expectativa do mercado, de 3,9%. O aumento da produtividade é tido como um dos fatores que podem atenuar as pressões inflacionárias (pois indica justamente a capacidade de as empresas absorverem aumentos de custos).
Por outro lado, os pedidos de auxílio-desemprego superaram as previsões, elevando a média das solicitações em quatro semanas para o nível mais alto desde outubro de 2005. Isso mostra o desaquecimento da economia e pode aliviar temores de inflação.Ontem, ao divulgar a ata de sua última reunião, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) confessou que está indeciso na condução da política monetária do país, em um momento em que busca a taxa de juros neutra (que propicia o maior crescimento possível com a inflação sob controle).
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