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O dólar fechou estável ante o real nesta terça-feira (24), anulando na reta final do pregão as perdas vistas em boa parte do dia e mostrando que a divisa dos Estados Unidos encontra um importante piso de sustentação próximo de R$ 2,20. A moeda norte-americana ficou estável, a R$ 2,2012 na venda. Segundo dados da BM&F, o volume somou 1,98 bilhão de dólares. "O piso do dólar está perto dos patamares atuais. Essa recuperação durante a tarde confirma isso", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.

A moeda norte-americana fechou abaixo de 2,20 reais pela última vez na última quarta-feira, quando desabou quase 3 por cento após o Federal Reserve surpreender os mercados ao manter intacto seu programa de estímulo. No entanto, a divisa não foi capaz de sustentar esse patamar e fechou em alta nos dois pregões consecutivos.

Nesta sessão, o dólar teve dia de sobe e desce ante o real. Abriu em alta, acompanhando as flutuações nos mercados internacionais, em um movimento influenciado pela cautela dos investidores diante do alto nível de incerteza sobre a política monetária norte-americana.

Durante a tarde, entretanto, a divisa dos EUA reverteu a trajetória e passou a cair, após o presidente Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmar que o programa de leilões diários vai continuar até o fim do ano. Ele deixou, inclusive, a porta aberta para a possibilidade de mais intervenções. Na mínima do dia, o dólar bateu a cotação de 2,1877 reais. "O programa tem mostrado resultado positivo. Trouxe tranquilidade aos agentes econômicos, que sabem que terão acesso à proteção cambial caso necessitem", afirmou Tombini a senadores.

O programa de atuações diárias do BC, com potencial de até 60 bilhões de dólares até o final de 2013, foi anunciado em 22 de agosto, logo após o dólar atingir o patamar de 2,45 reais. Desde então, a divisa norte-americana acumulou queda de 9,49 por cento ante o real.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a afirmar que poderia reduzir o programa diante da decisão do Federal Reserve de manter o ritmo do programa de compras de ativos em 85 bilhões de dólares mensais.

A possibilidade de alteração nas intervenções diárias do BC diante do cenário imposto pelo Fed foi negada já em duas oportunidades por Tombini.

Futuro

Ainda persistem incertezas sobre o futuro da política monetária ultra-expansionista dos Estados Unidos. O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou que "não descarta" uma redução no programa ainda neste ano, mas que a decisão "depende dos dados". "A coisa que nós realmente queremos enfatizar é que (a redução) é conduzida pelos dados, não pelo tempo", disse ele, em entrevista à emissora CNBC, que foi ao ar nesta manhã.

Nesta terça-feira, o BC realizou mais um leilão de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- previsto em seu cronograma de intervenções. Foram vendidos os 10 mil contratos ofertados com vencimento em 3 de fevereiro de 2014 e o volume financeiro equivalente da operação foi de 497,5 milhões de dólares.

E anunciou para quarta-feira a próxima intervenção, ofertando entre 9h30 e 9h40 10 mil contratos de swap tradicional com vencimento em 3 de fevereiro de 2014. O resultado será conhecido a partir das 9h50, informou o BC.

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