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A atuação tímida do Banco Central e a movimentação dos investidores no mercado futuro permitiram que o dólar fechasse estável nesta terça-feira, apesar da queda das bolsas em todo o mundo.

O dólar encerrou cotado a R$ 1,815. No ano, a divisa acumula queda de praticamente 15 por cento.

A moeda norte-americana passou a maior parte do dia influenciada pelo clima desfavorável no exterior. Na máxima, o dólar chegou a subir quase 1 por cento, acima de 1,83 real.

A fraqueza dos mercados internacionais era liderada pelas bolsas norte-americanas, que sofríam com resultados ruins de bancos e com novos recordes do petróleo.

Em meio à alta do dólar, o Banco Central veio ao mercado e realizou mais um leilão de compra. A operação, no entanto, foi tímida e, em vez de pressionar a moeda, abriu espaço para que a taxa de câmbio cedesse na última hora de negócios.

"O pessoal estava aguardando a entrada do BC. Ele entrou e fez um leilãozinho", disse Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy. "Quase no encerramento acabou sobrando um pouco de dólar no mercado e o pessoal se desfez."

Desde que o BC voltou ao mercado, no dia 2, o volume de compra tem sido menor que o registrado no primeiro semestre. De acordo com dados do BC, o incremento nas reservas internacionais foi relativamente pequeno nos últimos dois dias -menos que 200 milhões de dólares em cada.

A diminuição da alta do dólar acompanhou ainda uma ligeira redução das perdas nas bolsas. O clima menos tenso favoreceu a venda de dólares também no mercado futuro, disse Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio da corretora Action.

Para Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, o mercado futuro tem tido até mais influência sobre o dólar do que o cenário internacional.

Ele vê um "desconforto" entre alguns operadores com o atual nível da moeda norte-americana, que pode afastar investidores - diminuindo o volume do mercado- ou ameaçar algumas opções de dólar que precisariam ser exercidas abaixo de R$ 1,80.

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