O dólar ameaçou, mas não caiu abaixo de 1,55 real nesta sexta-feira, com o mercado respeitando o suporte técnico e psicológico para a taxa de câmbio em um dia de cautela e ajustes no exterior.
A moeda fechou cotada a 1,5552 real para venda, com variação negativa de 0,01 por cento.
A taxa Ptax, usada como referência para contratos futuros e outros derivativos, teve queda de 0,13 por cento, a 1,5547 real para venda.
A moeda não é cotada abaixo de 1,55 real desde 19 de janeiro de 1999, poucos dias após a adoção do regime de câmbio flutuante no país.
A mínima do dia, nesta sexta-feira, era de 1,5514 real.
Operadores comentavam a possibilidade de haver uma concentração de opções de dólar com exercício em torno de 1,55 real, o que desestimularia a baixa da moeda norte-americana.
"Dado que o nível entre 1,60 e 1,55 foi um vencimento de 'strike' (exercício) muito operado, é possível que realmente tenha alguma defesa dessas posições", disse o diretor de tesouraria do Banco Prosper, Jorge Knauer.
Mas a pressão do mercado internacional a favor da queda do dólar tampouco foi forte. Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar tinha alta de 0,25 por cento, com o mercado fazendo ajustes após a reação otimista, na quinta-feira, ao segundo pacote de ajuda à Grécia.
O Banco Central (BC) manteve a atuação dupla no mercado de câmbio, com um leilão de compra às 12h22 e outro às 15h53. É o segundo dia em que a autoridade monetária faz duas compras no mercado de câmbio.
Na semana que vem, Knauer avalia que o dólar pode cair abaixo de 1,55 real, mas que o mercado continuará atento à possibilidade de que "o BC ou o governo venha a mercado e monte alguma mudança de legislação" ou alguma medida para frear a valorização do real.
Há duas semanas, quando o dólar era cotado a 1,56 real, o BC anunciou exigências maiores de depósito compulsório para a manutenção de posições vendidas no mercado à vista por bancos.
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