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 | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O dólar fechou a segunda-feira, 19, praticamente estável, após passar a maior parte da sessão em alta expressiva, em um dia marcado por poucos negócios e notícias com potencial para mover as cotações, mas com investidores ainda incertos em relação ao quadro político e econômico.

O dólar fechou em R$ 3,876 na venda, um avanço de 0,09%, após atingir R$ 3,9262 na máxima, alta de 1,36%.

“Não houve grandes novidades no mercado. O dólar ficou flutuando ao vento, sem muita racionalidade”, disse o operador de um banco nacional.

Cenário interno

O dólar abriu perto da estabilidade em relação ao real, demonstrando alguma tranquilidade após a presidente Dilma Rousseff afirmar que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não sai do cargo. Investidores temem que eventual saída de Levy representaria um passo atrás no ajuste fiscal.

A moeda norte-americana rapidamente passou a subir ao longo da manhã, reagindo às incertezas políticas e econômicas no Brasil e ao ambiente de aversão ao risco nos mercados externos, após a economia chinesa registrar crescimento de menos de 7% pela primeira vez desde a crise financeira global.

“Nessa de ‘fica Levy, sai Levy’, a verdade que permanece é a de que o país está parado, a mercê de interesses políticos, com desemprego, contração da economia, inflação alta e com a grande possibilidade de perdermos (de novo) o selo de bom pagador ainda neste ano, se o ajuste fiscal não evoluir”, escreveu em nota a clientes o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.

Na reta final deste pregão, segundo o operador de um importante banco internacional, uma forte entrada de capital levou o dólar a praticamente anular a alta vista na maior parte do dia.

A operação teve seu impacto potencializado pela falta de notícias relevantes sobre o cenário político e econômico, o que limitou o volume de negócios e deixou o mercado sensível a operações pontuais.

Leilão do BC

Na manhã desta segunda, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou US$ 6,142 bilhões, ou cerca de 60% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

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