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Ao final de uma semana de apenas três dias úteis, o dólar acumulou queda de 1,26% e renovou o piso do ano. A moeda americana fechou valendo R$ 2,110 na compra e R$ 2,112 na venda (baixa de 0,05%), menor cotação desde 20 de março de 2001. Às 17 horas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 0,39%, aos 39.278 pontos.

Boa parte da queda do dólar nesta semana de carnaval se deve à decisão da agência Standard & Poor's de elevar a classificação de risco do Brasil. Os títulos da dívida externa nacional bateram recordes e o risco-país nacional atingiu novo piso histórico, operando abaixo dos 220 pontos centesimais.

A decisão foi tomada na terça-feira de carnaval, quando o mercado brasileiro ainda estava fechado. Na quarta-feira, em um pregão de negócios reduzidos, o dólar caiu 1,08%. A melhora da classificação de risco do país significa maior facilidade de crédito externo, o que sugere novas baixas do dólar. Nos últimos dias, no entanto, a cotação tem apresentado resistência ao piso psicológico dos R$ 2,110.

Nesta sexta-feira, a instabilidade do cenário externo levou o dólar a registrar alta de até 0,38% pela manhã. Especulações sobre a política cambial na China e os juros nos Estados Unidos estiveram entre os motivos do estresse, que pressionou os juros dos títulos americanos. A alta do petróleo e a cautela com resultados corporativos também contribuíram.

- O dia foi fraco em termos de notícias internas, o que fez o mercado acompanhar muito de perto as oscilações dos ativos internacionais - disse o gerente de mesa de câmbio de um grande banco.

O Banco Central marcou presença com seus habituais leilões para compra de dólares nos mercados futuro e à vista. No primeiro caso, a instituição vendeu contratos de swap reverso equivalentes a US$ 213 milhões. À tarde, comprou dólares no mercado à vista.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em leve baixa, com os investidores já se preparando para a definição da taxa Selic, na semana que vem. A maioria das apostas é de um corte conservador, de 0,75 ponto percentual na taxa básica. Os analistas, no entanto, vêem espaço para um corte maior, de 1 ponto.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 15,58% ao ano, contra 15,61% do fechamento de quinta-feira. A taxa de outubro recuou de 15,48% para 15,45% anuais. O DI de janeiro de 2007 encerrou o dia com taxa de 15,19% anuais, frente aos 15,23% anteriores. A taxa Selic é hoje de 17,25% ao ano.

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