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Depois de cinco quedas consecutivas o dólar à vista passou por ajustes nesta terça-feira e fechou em alta de 0,44%, cotado a R$ 2,259 na compra e R$ 2,261 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuava 1,01% por volta das 17 horas, com 34.981 pontos.

Na máxima do dia o dólar chegou a subir 0,89%, cotado a R$ 2,271 na ponta de venda. A alta pegou muitos operadores de surpresa e foi atribuída em parte à frustração com os números fracos da produção industrial em novembro. Segundo informações dos bancos, duas operações de "hedge" (proteção cambial) foram fortes fatores de pressão pela manhã.

A alta foi considerada pontual por praticamente todos os analistas, principalmente porque o ambiente continuou a ser propício ao ingresso de recursos externos ao país. Logo no início do dia o Tesouro Nacional anunciou a emissão de bônus globais com vencimento em 2037. A notícia foi bem recebida, principalmente diante do baixo nível de risco do país e da grande liquidez internacional para países emergentes. A emissão soberana deverá ficar em US$ 1 bilhão.

- A tendência do dólar ainda é de baixa e temos de considerar essa alta como algo pontual. Não há motivo aparente para indicar mudança de tendência da cotação, já que o ambiente é muito propício ao ingresso de recursos ao país - disse Shiguemi Fujisaki, diretor de câmbio da corretora Socopa.

O analista ressalta que o dia foi de realização de lucros nos outros mercados, como o de ações, títulos da dívida externa e risco-país. Com a emissão soberana do Brasil, afirma, a tendência é o setor privado obter mais empréstimos no exterior.

O Banco Central permaneceu firme nas compras de dólares. A instituição vendeu todos os 8.800 contratos de swap cambial ofertados aos bancos, representando US$ 416 milhões. Esse tipo de operação tem o impacto de uma compra de dólares futuros por parte do BC. Mas a instituição também comprou dólares no mercado à vista, no período da tarde. Após as compras do BC, o dólar chegou a operar na mínima de R$ 2,254 na venda, com alta de 0,13%;

As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam em baixa generalizada, em repercussão aos números sobre a produção industrial. O crescimento de 0,6% ficou abaixo do esperado, o que permitiu especulações sobre um possível aumento no ritmo de cortes de juros.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 17,23% ao ano, contra 17,30% do fechamento anterior. O DI de outubro teve taxa de 16,35% anuais, frente aos 16,46% anteriores. A taxa de janeiro de 2007 recuou de 16,28% para 16,15% anuais.

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