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O dólar comercial voltou a operar em queda pouco antes das 15 horas desta sexta-feira (16) cotado a R$ 1,8030 na venda e R$ 1,8010 na compra, após o governo anunciar a desoneração de operações de hedge feita por exportadores.

No mercado de renda variável, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), oscila, acompanhando as bolsas americanas. No mesmo horário, o indicador apresentava queda de 0,07% aos 67.701 pontos. Os índices acionários do mercado americano também oscila e no início da tarde voltaram a operar no negativo. O Dow Jones se desvalorizava 0,04% e o Nasdaq perdia 0,03%, no mesmo horário, enquanto as Bolsas europeias sobem.

Segundo o decreto 7.699 publicado no Diário Oficial, o governo reduziu a zero a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre contratos derivativos de hedge de exportação. Segundo o texto, estão incluídas na desoneração "operações com contratos de derivativos para cobertura de riscos, inerentes à oscilação de preço da moeda estrangeira, decorrentes de contratos de exportação firmados por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no país". O IOF sobre essas operações era de 1% desde 15 de setembro do ano passado.

"Com essa medida, o Governo corrigiu um distorção causada pelo aumento do IOF sobre derivativos. Essa medida elevou o custo para exportadores fazerem operações de hedge, que é a proteção contra a variação cambial. O custo subiu também com a insegurança causada no mercado após as mexidas feitas pelo governo nas regras do câmbio", diz Bruno Lavieri, especialista em câmbio da Tendências Consultoria.

Na terça-feira (13), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo faria ajustes nas medidas cambiais adotadas para conter a valorização do real frente ao dólar, causada pelo forte fluxo de recursos ao país, e que provocam prejuízos aos exportadores brasileiros. Uma das dificuldades enfrentadas pelos exportadorescom as novas medidas cambiais, entre elas a elevação do IOF para operações de empréstimos externos de 5 anos, foi o encarecimento do "hedge", um instrumento financeiro do mercado futuro que protege contra perdas decorrentes de variação cambial.

No campo corporativo, as ações da Marfrig apresentavam a segunda maior queda do Ibovespa. As ações da companhia (MRFG3) recuavam 2,71%, a R$ 11,48. Analistas atribuem a queda ao rompimento do acordo da transferência para a JSL da gestão das operações logísticas da companhia.

Na Europa, as principais Bolsas se mantêm em alta nesta sexta. O índice Dax, de Frankfurt, sobe 0,71%; o Cac, de Paris, tem valorização de 0,41%; o índice FTSE, de Londres, sobe 0,42% e o índice Ibex, da Bolsa de Madri, opera em alta de 0,71%.

Os investidores repercutem informações de que o fundo de socorro da zona do euro podem ter seu arsenal aumentado de 500 bilhões de euros para 700 bilhões de euros para diminuir as preocupações do mercado.

"Além disso, na Europa, alguns dos países envolvidos com a crise fiscal já demonstram sinais de reversão dos recentes problemas e atuam fortemente na contenção de gastos e encontro de metas fiscais. O exemplo mais notável é o da Irlanda, que longe de se parecer com a Grécia, recebeu US$ 113 bilhões emprestados pela Troika, e implementou medidas de austeridade que incrementaram a confiança no país. Isso fica claro com a elevação de quase 20% no Investimento Externo Direto (IED) e na queda do rendimento dos títulos de 10 anos do país", avalia Jason Vieira, estrategista internacional da corretora Cruzeiro do Sul.

Nos Estados Unidos, o Bureau of Labor Statistics (BLS) divulgou nesta sexta a inflação ao varejo nos EUA, o chamado CPI (Consumer Prices Index). O indicador teve alta de 0,4% no índice cheio e 0,1% no núcleo, em linha com as projeções do mercado. Dois índices vieram abaixo do que os analistas esperavam.

O índice de confiança do consumidor, medido pela universidade de Michigan ficou em 74,3 pontos, resultado abaixo da coleta anterior (75,3 pontos) e das projeções médias do mercado (76 pontos). De acordo com o Federal Reserve, a produção industrial nos EUA apresentou estabilidade em fevereiro, abaixo das projeções (0,4%) e do resultado anterior revisado (de 0,0% para 0,4%). A capacidade instalada se elevou para 78,7% no período de 78,5% na medição anterior.

Na Ásia, os mercados fecharam sem tendência definida. Dados mais positivos da economia americana puxaram algumas Bolsas. Em outras, houve realização de lucros. Em Tóquio, o índice Nikkei, subiu 0,1%, e terminou aos 10.129,83 pontos. Foi o quarto pregão seguido de alta. Na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 0,2%, e encerrou aos 21.317,85 pontos. Já as Bolsas da China fecharam em alta. O índice Xangai Composto subiu 1,3% e terminou aos 2.404,74 pontos. Já o índice Shenzhen Composto ganhou 2,3% e encerrou aos 982,85 pontos.

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