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O dólar fechou em queda superior a 1 por cento ante o real nesta segunda-feira, refletindo o quadro de maior tranquilidade no exterior, enquanto investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana.

A moeda norte-americana recuou 1,29 por cento, a 3,1099 reais na venda. Na sexta-feira, a divisa havia avançado 0,51 por cento, influenciada também pelo baixo volume de negócios entre o feriado de Corpus Christi e o fim de semana. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 720 milhões dólares nesta sessão.

Mais cedo, a Bloomberg News citou uma autoridade francesa dizendo que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teria dito aos países do G7 que o dólar forte seria um problema. A Casa Branca mais tarde negou que o presidente teria feito essa declaração, mas o dólar ainda recuava firmemente em relação às principais moedas.

“Apesar da negativa, o impacto sobre o mercado de câmbio persiste, porque a recuperação da economia dos EUA é o tema mais importante na agenda dos investidores”, disse o estrategista de câmbio para a América Latina do Scotiabank, Eduardo Suarez.

O fortalecimento do dólar tende a encarecer produtos norte-americanos para seus parceiros comerciais, atrapalhando a retomada da maior economia do mundo. Esse tema ganha ainda mais relevância em um momento em que o Federal Reserve avalia os indicadores econômicos para decidir quando elevar os juros norte-americanos, decisão que pode atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em outros países.

No Brasil, investidores aguardam a divulgação, na quinta-feira, da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central pode sinalizar o futuro da Selic, após elevá-la a 13,75 por cento na semana passada e deixar a porta aberta para mais altas no curto prazo.

“Quanto mais sobem os juros, mais atrativo fica o país para estrangeiro e parece que a Selic não vai parar de subir tão cedo”, disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca

Contribuíram também para o alívio do câmbio no mercado interno declarações da presidente Dilma Rousseff em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo defendendo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, poucos dias antes do Congresso do PT, que promete reservar pesadas críticas ao ministro.

“Pelo menos ele (Levy) não está sendo atacado de todos os lados”, acrescentou Siaca.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. O BC já rolou o equivalente a 1,711 bilhão de dólares, ou cerca de 20 por cento do lote total, que corresponde a 8,742 bilhões de dólares.

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