• Carregando...

O dólar seguiu à risca o comportamento dos mercados internacionais nesta quarta-feira, e a piora em Wall Street durante a tarde determinou a alta da moeda norte-americana para o maior nível em quase duas semanas frente ao real.

A divisa avançou 0,44 por cento e terminou o dia a 1,823 real, maior patamar de fechamento desde 4 de outubro.

O dia começou com ganhos nas principais bolsas de valores no exterior e baixa do dólar no Brasil, diante de resultados melhores que o esperado de grandes empresas norte-americanas do setor de tecnologia, como Intel e Yahoo .

Durante a tarde, no entanto, a alta do petróleo para o recorde de 89 dólares por barril deteriorou o cenário e fez os principais índices de Wall Street caírem.

"Tem muita informação para sair (nos próximos dias)... Isso faz com que o mercado fique um pouco cauteloso", disse Roberto Padovani, economista do Banco WestLB do Brasil. "E a gente está totalmente ligado a eles (no exterior)", complementou.

Leilão do BC

Junto com a piora externa, o leilão de compra realizado pelo Banco Central contribuiu para minar a queda do dólar. Na operação, que foi realizada pouco antes das 13h, o BC definiu taxa de corte a 1,8065 real e aceitou, segundo operadores, ao menos nove propostas.

Para Renato Schoemberger, operador da Alpes Corretora, o BC não parece ter a intenção de forçar a alta da moeda norte-americana, mas "está começando a ser uma peça importante para manter o dólar nesse nível" à medida que tem enxugado a oferta de dólares no mercado.

Os ingressos têm se mantido em outubro, segundo dados divulgados pelo BC nesta quarta-feira. Nos nove primeiros dias úteis do mês, o fluxo cambial ficou positivo em 1,295 bilhão de dólares. No ano, o país acumula entrada líquida de 71,348 bilhões de dólares.

O resultado foi puxado pelas operações comerciais, já que as transações financeiras tiveram saldo negativo de 1,998 bilhão de dólares.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]