O dólar registrou uma leve alta de 0,21% nesta segunda-feira (1º), fechando cotado a R$ 2,320 no primeiro pregão do mês de dezembro. Durante a sessão, a divisa chegou a subir cerca de 2,5%, mas recuou próxima ao final das negociações.
Foi a terceira alta seguida da moeda americana, que teve elevação acumulada de 7,17% em novembro. O movimento no mercado à vista foi de cerca de US$ 1,5 bilhão nesta sessão, cerca de metade da média diária do mês de novembro.
Como mais um fator de pressão sobre o câmbio, analistas citaram o fato de o Banco Central não ter anunciado leilões de "swap" cambial - algo que a autoridade monetária vinha realizando quase diariamente desde o dia 6 de outubro.
"Passa a impressão de que o BC não vai ficar defendendo a moeda a qualquer preço... Ele também deve querer colocar um pouquinho de imprevisibilidade no mercado", disse o gerente de câmbio de um banco nacional que preferiu não ser identificado.
Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez, observou que, apesar da falta de ações no dia, o Banco Central deve continuar atuando no mercado de câmbio.
"O BC vai continuar atuando do jeito que está, suavizando o movimento (do dólar)", afirmou Voss, considerando a possibilidade de a autoridade monetária realizar novos leilões no mercado à vista para conter movimentos bruscos do dólar.
Pessimismo
Ao longo do dia, o dólar também seguiu o pessimismo do mercado mundial, diante de uma série de indicadores que mostram desaceleração na economia americana. Um estudo do National Bureau of Economic Research (NBER) chegou a mostrar que o país estaria em recessão desde 2007, usando critérios diferentes da definição tradicional.
Como resultado, as bolsas apresentam fortes recuos. Nos EUA, por volta das 16h30, o índice Dow Jones caía 4,54%, enquanto por caí a Bovespa perdia 5,48%. Na Europa, o quadro não foi diferente, e o indicador FTSEurofirst 300 recuou 6%.
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