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O dólar fechou em alta sobre o real nesta quarta-feira (19), interrompendo três sessões seguidas de queda, após o Federal Reserve, banco central norte-americano, indicar que o mercado de trabalho o deixou mais perto de elevar os juros, mas salientando que a inflação e a economia global fracas pesavam ainda.

O cenário político conturbado no Brasil ainda continuou pesando, com os investidores adotando cautela.

A moeda norte-americana avançou 0,63%, a R$ 3,4877 na venda, após bater R$ 3,5159 na máxima da sessão, com alta de mais de 1%.

“Quase todos (os membros do Fed) precisavam de mais evidência para ter confiança sobre a inflação, o que significa que uma alta de juros em setembro não é uma certeza”, disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta, salientando que, pela manhã, o mercado havia se preparado para uma mensagem mais incisiva.

Elevação dos juros divide membros do banco central nos EUA

A tomada da decisão é vista com cautela, porque poderia gerar uma realocação de recursos hoje em mercados emergentes para os Estados Unidos

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Muitos operadores acreditam que o aperto monetário nos EUA pode começar em setembro, em um momento em que a maior economia do mundo dá sinais de recuperação cada vez mais sólida. Juros mais altos nos Estados Unidos podem atrair recursos atualmente aplicados em mercados como o Brasil.

A moeda dos EUA também perdeu força contra os principais moedas globais após a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Segundo o documento, apenas uma das autoridades estava pronta para votar a favor da alta de juros no encontro ocorrido nos dias 28 e 29 passados, enquanto um grupo “avaliava que as condições econômicas para começar a aumentar a taxa básica de juros foram cumpridas ou que serão cumpridas em breve”, de acordo com a ata.

Impasse político

No cenário local, a incerteza política continuava levando investidores a adotarem cautela. O Senado adiou para esta sessão a análise do projeto de lei que reverte parte da desoneração da folha de pagamento para mais de 50 setores da economia, uma das medidas enviadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff para reequilibrar as contas públicas.

“O mercado não vai operar com 100% de tranquilidade tão cedo”, disse o operador de uma corretora nacional.

Swap cambial

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou US$ 5,967 bilhões, ou cerca de 60%, do total de US$ 10,027 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

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