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O dólar fechou com alta de cerca de 1% ante o real nesta quinta-feira (29), diante de expectativas de redução do estímulo monetário nos Estados Unidos após a maior economia do mundo acelerar a expansão no segundo trimestre. A divisa norte-americana reduziu a alta poucos minutos antes do fechamento após o Banco Central anunciar que fará, na sexta-feira, mais um leilão de swap cambial tradicional --equivalente a venda futura de dólares. As condições serão divulgadas durante a manhã do mesmo dia, informou o BC, num leilão que está fora do cronograma original do programa de intervenção diário.

O dólar ganhou 0,94%, para R$ 2,3701 na venda, após tocar, na máxima do dia, a cotação de R$ 2,3827. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,72 bilhões de dólares. A economia dos EUA acelerou de maneira mais rápida do que o esperado no segundo trimestre, reforçando o cenário para que o Federal Reserve, banco central do país, reduza seu programa de estímulo econômico em breve.

"Com a saída do dado do PIB (dos EUA), o dólar acelerou frente a outras moedas e com isso o real acompanha o movimento lá de fora", afirmou o gerente de análise da XP Investimentos, Caio Sasaki.

A notícia impulsionou as cotações do dólar globalmente. Um índice que acompanha a variação da divisa dos EUA contra uma cesta de divisas atingiu a máxima em duas semanas, enquanto o euro perdia 0,71 por cento em relação à moeda norte-americana.

O dólar teve forte oscilação nesta quinta-feira. Abriu em queda, subiu com o dado dos EUA, e depois perdeu fôlego ante o real reagindo a entradas pontuais de investidores estrangeiros.

Mais cedo, o BC havia vendido o lote integral de 10 mil contratos de swap cambial com vencimento em 2 de dezembro de 2013, conforme previsto em seu programa de intervenções diárias.

Durante a tarde um leilão de linha --venda de dólares com compromisso de recompra-- para rolar contratos que venciam na segunda-feira. A autoridade monetária ofertou até 1 bilhão de dólares nos leilões de linha em dois lotes, mas não aceitou nenhuma das ofertas de investidores.

Analistas e operadores vinham creditando ao programa de intervenção diário do fato de o dólar ter registrado sucessivas quedas ante o real nos últimos dias, apesar das expectativas em relação à decisão do Federal Reserve na reunião de 17 e 18 de setembro e com a possibilidade de os Estados Unidos iniciarem uma ação militar na Síria.

Mas agora levantam a possibilidade de saída de investidores do país caso se confirme a expectativa de um ataque à Síria no mesmo momento em que a economia dos EUA mostra sinais de estar melhorando, causando mais estresse no câmbio.

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