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A expectativa por novas medidas do governo contra a valorização do real provocou a alta do dólar nesta terça-feira, após a moeda ter fechado no menor patamar em mais de dois anos na véspera.

A moeda norte-americana subiu 0,79 por cento, a 1,664 real. Na máxima do dia, o dólar chegou a valer 1,672 real, com valorização de 1,27 por cento.

A alta do dólar ganhou força no meio do dia, quando o Ministério da Fazenda convocou a imprensa para uma entrevista coletiva com o ministro Guido Mantega.

Apesar das expectativas em torno de novas ações do governo, Mantega não anunciou nada concreto, mas afirmou que o atual patamar do câmbio prejudica as exportações e que "infinitas" medidas podem ser tomadas.

"O mercado agora pode ficar mais cauteloso. Pode interpretar que ele está dando um aviso", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

No ano passado, o governo triplicou o imposto sobre a entrada de capital estrangeiro para investimentos em renda fixa e ameaçou muitas vezes comprar dólares por meio do Fundo Soberano com o objetivo de aumentar a demanda pela moeda.

A ausência de novas medidas já nesta terça-feira, porém, permitiu que o dólar diminuísse a intensidade da alta no final do dia. Para José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora, "basicamente ele só fez comentários, resumiu o que ele já fez e falou um pouco sobre como vai ser daqui para frente. Não acrescentou nada".

Nesta terça, a intervenção do governo no mercado de câmbio continuou nas mãos do Banco Central, que realizou dois leilões de compra de dólares no mercado à vista.

Perto do Brasil, o Chile viu a maior alta do dólar em pelo menos uma década após anunciar a maior intervenção cambial da história do país. O governo pretende comprar até 12 bilhões de dólares ao longo de 2011 para frear a valorização do peso, também com o objetivo de proteger as exportações.

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