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O dólar subiu mais de 2% nesta segunda-feira (11), após cair nas quatro sessões anteriores, e voltou a fechar acima de R$ 3 reais, reagindo a renovadas preocupações com a crise em torno da dívida grega, apesar de a China ter cortado os juros no fim de semana.

A moeda norte-americana fechou em alta de 2,31%, a R$ 3,0525 na venda. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 947 milhões.

O dólar também ganhava terreno contra o euro e outras moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, mas o movimento foi mais forte no Brasil após a divisa acumular queda de 3,16% nos quatro sessões anteriores.

“Quando ficou claro que (o dólar) não ia se sustentar abaixo de R$ 3, muita gente voltou para comprar depois de uma queda relevante”, resumiu o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

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Swap

Alguns operadores acreditam que o BC pode aproveitar a queda recente da moeda norte-americana para reduzir sua posição em swaps cambiais, o que limita o espaço para quedas.

Nesta manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a US$ 2,361 bilhões, ou cerca de 24% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.

“(O nível de R$ 3) está se delineando como um patamar importante e o BC pode aproveitar a queda do dólar para diminuir ainda mais a exposição” em swaps, disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

Euro

Ministros das Finanças da zona do euro reuniram-se nesta segunda-feira (11) para discutir um possível acordo que traga alívio ao aperto de liquidez pelo qual passa atualmente a Grécia.

O ministro grego, Yanis Varoufakis, afirmou logo cedo que as chances de se chegar a um acordo na reunião desta segunda-feira eram baixas, mas o país não atrelou o pagamento da parcela de 750 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que vence na terça-feira a essa reunião.

À tarde, o Eurogrupo elogiou em comunicado os progressos nas negociações, mas ressaltou que ainda é necessário avançar muito mais para chegar a um acordo.

A apreensão com a situação da Grécia compensou o corte, anunciado no domingo, das taxas de juros da China pela terceira vez em seis meses, com o intuito de estimular a segunda maior economia do mundo, que deve ter em 2015 seu pior desempenho em 25 anos.

“Embora amplamente antecipada pelos mercados, a decisão é importante para as commodities e emergentes”, escreveu o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva em nota a clientes. “O contraponto no mercado cambial vem da Grécia, que tem hoje importante reunião com os credores europeus”.

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