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O dólar encerrou o mês de fevereiro com queda acumulada de apenas 0,14%, depois de a turbulência nas bolsas de valores mundiais na véspera ter feito a moeda subir quase 2% em um dia. Na última sessão do mês, ainda sentindo os efeitos da crise, a moeda norte-americana subiu mais 0,05%, terminando a R$ 2,121.

Durante o mês, o dólar chegou a cair ao menor nível em nove meses, a R$ 2,067, refletindo fortes ingressos de recursos. Uma atuação mais firme do BC na compra de dólares fez a moeda diminuir o ritmo de baixa.

As compras diárias de dólares feitas pelo Banco Central engrossaram as reservas internacionais para mais de US$ 100 bilhões pela primeira vez na história. Até a véspera, as reservas já acumulavam o maior aumento mensal desde abril de 1999.

Com a forte tensão externa na terça-feira (27) puxada pela bolsa chinesa, que derrubou os mercados globais, o dólar chegou a R$ 2,1180 na compra e R$ 2,12 na venda - o maior valor desde 31 de janeiro deste ano. Com a leve alta desta quarta, a moeda voltou a se firmar acima dos R$ 2,10 e quase anulou a desvalorização que registrava no mês até o dia 26.

Nesta quarta, os mercados ensaiaram uma recuperação, mas os investidores ainda estão cautelosos. O último pregão do mês foi de bastante volatilidade no câmbio.

"O grande termômetro hoje foram as bolsas, principalmente a Bovespa. Quando ela oscilava, o dólar acabava indo junto", explicou Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio da Action Corretora.

Outro fator que dificultou uma recuperação mais ampla dos mercados foi o movimento contraditório entre as bolsas na Europa, que caíram, e as bolsas em Wall Street, que subiam no fim da tarde; além de uma série de indicadores no Brasil e nos EUA.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,2% no quarto trimestre, enquanto, no Brasil, a expansão em 2006 foi de 2,9%, ligeiramente acima do esperado por economistas.

Mesmo depois do solavanco da véspera, a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, avalia que "prevalece a tendência de os mercados se acalmarem". "O cenário externo ficou mais tranquilo, as notícias locais são positivas... risco Brasil caiu", afirmou. "De uma maneira mais geral, acho que a tendência é o dólar voltar a cair, mais gradativamente, mas retoma o movimento."

Para Postigo, da Action, "a pergunta que cabe é qual será o novo suporte, não sei se eventualmente vai chegar nos 2,08 (reais) que estava".

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