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Depois de abrir em forte queda, a Bolsa de Valores de São Paulo reduz suas perdas, seguindo uma leve recuperação da bolsa americana Nasdaq, que sobe na expectativa dos resultados financeiros da Apple. Às 13h40m, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuava 0,68%, aos 60.630 pontos, depois de cair quase 2%. O dólar subia 1,05%, negociado a R$ 1,823. Nos Estados Unidos, o dia também começou mal, com mais um recorde de alta do euro em relação ao dólar. A moeda européia chegou a ser negociada a US$ 1,4348 na comparação com a americana.

Depois de se encontrarem na semana passada em Washington, representantes do G7 - os sete países mais ricos do mundo - não expressaram qualquer preocupação em relação à derrocada do dólar e ao fortalecimento do euro, o que pode provocar um movimento ainda maior de venda da moeda americana.

Os líderes, no entanto, disseram que, embora a economia mundial continue forte, a recente turbulência nos mercados, os altos preços do petróleo e a fragilidade no segmento imobiliário poderão afetar o crescimento global.

Ao longo do dia, resultados corporativos de empresas como Merck, American Express, Apple e Texas podem influenciar nas cotações em Nova York. Na terça, saem os resultados da Ford, AT&T e Amazon.

O Dow Jones tinha queda de 0,46%, aos 13.459,4 pontos, apesar da divulgação do resultado finaceiro da farmacêutica Merck, que também elevou sua projeção de ganhos para 2008. O lucro líquido da companhia cresceu 62,5% no terceiro trimestre do ano, para US$ 1,53 bilhão . O S&P recuava 0,26%, aos 1.496,73 pontos, enquanto o Nasdaq tinha ganho de 0,23%, aos 2.731,41 pontos.

Na Europa, o mercado também tem um dia de perdas. O índice FTSE de Londres caía 1,05%; o DAX, da Alemanha, recuava 1,18%; e o CAC, da França, perdia 1,51%. Ações de empresas européias cujos produtos agora estão mais caros no mercado americano que em seu país de origem sofreram com a desvalorização da moeda.

Petróleo recua

O petróleo, commodity cuja forte alta recente vem influenciando no comportamento negativo dos mercados, abriu o dia em baixa, puxado pela retomada do envio de petróleo do Iraque para a Turquia. Isso indicaria arrefecimento das tensões na região.

Por volta das 13h40, (horário de Brasília), o Brent era cotado a US$ 83,12 (-2,02%), após superar os US$ 84 na sexta-feira. Enquanto isso, o petróleo leve recuava 2,16%, a US$ 86,69 nesta segunda-feira, depois de passar os US$ 90 na semana passada.

Ásia em queda

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, refletindo o fechamento das bolsas de Nova York na última sexta-feira, que tiveram sua terceira maior perda histórica em pontos para um só dia. Lucros decepcionantes de empresas e preocupações com o impacto dos problemas do mercado de crédito no resultado dos bancos alimentaram o pessimismo.

Na sexta-feira, o quarto maior banco dos Estados Unidos, o Wachovia, divulgou uma queda de 10% em seu lucro do terceiro trimestre, afetado em US$ 1,3 bilhão pelas recentes turbulências no mercado de crédito.

O principal índice do mercado coreano recuou quase 5% durante o pregão. A Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 2,24% a 16.438 pontos. As ações japonesas sofreram tanto com a desaceleração da economia americana quanto com a valorização do iene, que podem prejudicar as exportações nipônicas.

Os investidores asiáticos ficaram nervosos com a possibilidade de repetir a Segunda-feira Negra de 1987, dia de crash no mercado mundial, que completou 20 anos na última sexta-feira.

O iene também bateu recorde histórico em relação ao dólar. A moeda americana chegou a ficar cotada a 113,25 ienes, mas seu valor subiu no fechamento do mercado japonês a 114,03 ienes.

Ao longo da semana, investidores estarão atentos a dados econômicos. No Brasil, na quinta-feira, o Comitê de Política Monetária divulgará a ata de sua última reunião, na semana passada, quando optou por manter a taxa de juros em 11,25% ao ano.

Segundo relatório do Banco Schahin, a expectativa é de que o juro continue estável nos próximos meses, com possibilidade de retomada dos cortes etre março e abril do ano que vem.

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