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O dólar fechou a terça-feira com alta de 0,53%, cotado a R$ 2,2810, o maior patamar desde 31 de março de 2009, quando valeu R$ 2,3180. A valorização no mercado brasileiro seguiu o ritmo da moeda nos mercados externos, onde os investidores buscaram a segurança antes do resultado da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que termina hoje.

Para alguns analistas, a alta também se deveu à determinação da Ptax de fim de mês. Essa é a taxa de referência que servirá para liquidação de contratos cambiais de agosto. "O mercado hoje [ontem] foi influenciado pela formação da Ptax, com a disputa entre comprados e vendidos. Cada investidor puxa o dólar para um lado", disse Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade. Na prática, posições compradas são favorecidas.

Para um profissional da mesa de câmbio de um grande banco, a busca por segurança, antes do fim da reunião do Fed, justificou a pressão de alta. "Apesar de o dólar ter feito preço na semana passada em função de notícias de que os estímulos serão mantidos, os investidores buscaram segurança", afirmou.

A quarta-feira promete ser agitada para o mercado de câmbio. Além do Fed e da formação da Ptax, os investidores vão observar a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) preliminar dos EUA, no segundo trimestre. Se o dado for bom, a pressão de alta sobre o dólar pode se intensificar, em meio à percepção de que o PIB reforça a expectativa do início da redução dos estímulos à economia norte-americana. A agenda traz ainda a divulgação do fluxo cambial no Brasil na última semana.

Profissionais afirmam que, em função desta bateria de informações e do vencimento da Ptax, o Banco Central se manteve nesta semana distante dos negócios, à espera de uma definição mais clara do cenário.

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