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A incerteza sobre a crise na Grécia valorizou o dólar pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira, em uma sessão com pouco volume no mercado à vista e alta liquidez e ajustes de posições no futuro.

A volatilidade até afastou investidores que poderiam estar interessados na alta do dólar, como exportadores, de acordo com profissionais de mercado.

A moeda avançou 0,63 por cento, a 1,610 real. É a maior cotação de fechamento desde 26 de maio. Na quarta-feira, o dólar já havia subido 1,14 por cento.

Operadores notaram uma discrepância entre os volumes no mercado futuro e à vista. O contrato futuro mais negociado, para julho, tinha giro de quase 400 mil papéis a uma hora e meia do fechamento, acima da média do mês.

Já o mercado à vista movimentou menos de 1 bilhão de dólares, segundo dados parciais da clearing da BM&FBovespa que mostravam um dos movimentos mais fracos do mês.

"Só se fala de problemas lá fora; Europa, Estados Unidos...", disse o gerente da área de derivativos de um banco de investimento com sede no exterior.

Segundo outros dois operadores, um dos sintomas da pouca liquidez à vista foi o fato de o mercado de "casado", que vincula os contratos à vista com o mercado futuro, ter passado cerca de uma hora sem negócios ao longo do dia.

Ao contrário de outras ocasiões, afirmaram, aparentemente não houve muito interesse de exportadores e outros agentes, como arbitradores de taxas de juros, em trazer recursos ao país para aproveitar a cotação mais alta do dólar.

O principal temor do mercado é de que haja um efeito dominó na Europa com um eventual calote da Grécia. Autoridades da zona do euro ainda não decidiram a respeito de uma extensão da ajuda financeira internacional ao país, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira que o pagamento da ajuda depende da realização das reformas combinadas.

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