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O dólar exibiu nesta quinta-feira a quarta alta seguida frente ao real, refletindo as pressões do mercado futuro e o nervosimo de investidores em relação às consequências da crise econômica global.

A moeda norte-americana avançou 1,58 por cento, a 2,386 reais. Na semana, o dólar acumula alta de 5 por cento.

"A crise de confiança está se alastrando cada vez mais... o mercado está 'pisando em ovos'", afirmou Mario Paiva, analista de câmbio da corretora Liquidez.

A quinta-feira contou com a divulgação de mais dados desanimadores nos Estados Unidos, com aumento nos pedidos de auxílio-desemprego e retração da atividade manufatureira em Nova York pelo quinto mês seguido.

O Banco Central Europeu (BCE) cortou a taxa básica de juro da zona do euro em 0,50 ponto percentual, para 2,0 por cento, na quarta redução em pouco mais de três meses.

Após o anúncio da decisão, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, destacou o forte declínio econômico da região.

Nesse contexto, os mercados acionários registram perdas acentuadas. Perto do fechamento do mercado de câmbio, o principal índice da Bovespa recuava perto de 2 por cento, assim como Wall Street.

Paiva também citou a influência do mercado futuro sobre as operações à vista de dólar.

Segundo os dados mais recentes atualizados pela BM&F, os investidores estrangeiros mantinham na véspera mais de 12 bilhões de dólares em posições compradas no mercado de dólar futuro. Na prática, essa exposição equivale a uma aposta na alta do dólar.

O Banco Central realizou um leilão de venda de dólares no mercado à vista.

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