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O dólar subiu 0,16 por cento ante o real após uma segunda-feira (24) volátil, com investidores evitando apostas mais contundentes no mercado diante da incerteza sobre a situação na Europa.

A moeda norte-americana terminou a 1,864 real. No mês, a alta acumulada pelo dólar é de 7,25 por cento.

O volume de operações até poucos minutos antes do fechamento era de quase 3 bilhões de dólares, segundo dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa. A média em maio vinha sendo de 2,6 bilhões de dólares.

A instabilidade do dólar seguiu de perto as bolsas de valores em São Paulo e em Nova Iorque, que oscilavam no território negativo no final da tarde. Na Europa, o euro recuava 1 por cento com a intervenção do banco central da Espanha sobre o banco CajaSur.

"Os investidores estão com medo ainda", disse Arnaldo Puccinelli, gerente de mercados financeiros da Terra Futuros.

Segundo ele, a atuação de exportadores foi mais tímida nesta sessão. Com a alta do dólar ao patamar de 1,90 real, na sexta-feira, profissionais de mercado comentaram que os exportadores aumentaram a oferta de dólares.

Marcelo Oliveira, operador de câmbio da corretora BGC Liquidez, também não viu um fluxo relevante nesta segunda-feira. "O mercado está com volatilidade, mas sem lote nas pontas."

De acordo com os dois profissionais, houve mais volume quando o dólar estava mais próximo de 1,85 real. Segundo Puccinelli, isso está relacionado ao interesse dos bancos, com posições vendidas na moeda norte-americana, em uma taxa de referência (Ptax) mais baixa para o ajuste de contratos derivativos.

A clearing de câmbio da BM&FBovespa projetava a Ptax da sessão a 1,8505 real. A taxa é calculada de acordo com a média ponderada das operações do dia.

Os bancos exibiam 10,299 bilhões de dólares em posições vendidas na moeda norte-americana nos mercados futuro e de cupom cambial na sexta-feira. A posição servia como contraparte às compras líquidas de 4,281 bilhões de dólares dos estrangeiros e de 4,353 bilhões de dólares dos investidores institucionais nacionais.

O desmonte de operações de arbitragem no Brasil por estrangeiros nos últimos dias repercutiu sobre o mercado chileno. Nesta sessão, operadores afirmaram que a alta da moeda local ocorreu, em parte, devido à volta de recursos que estavam sendo investidos no Brasil.

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