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São Paulo – Devido ao forte fluxo de entrada de recursos no mercado financeiro brasileiro, o dólar comercial despencou 1,34% ontem e terminou o dia vendido a R$ 2,06 – menor valor desde 9 de março de 2001. Foi a sua quarta baixa consecutiva. O risco-país fechou estável a 212 pontos. Acompanhando a Bolsa de Nova Iorque, que subiu ontem, a Bovespa ignorou a crise na Bolívia e, com giro de R$ 3,001 bilhões, avançou 1,62%, estabelecendo um novo recorde histórico aos 41.016 pontos.

Na opinião de Eduardo Mattos, operador do Finabank, o dólar deve recuar ainda mais nos próximos dias. "O próximo piso é em R$ 2, e aí a situação começa a ficar muito perigosa para os exportadores", diz ele.

No começo do dia, pensou-se que a crise com a Bolívia, deflagrada pela nacionalização dos hidrocarbonetos no país, provocaria forte nervosismo, mas não foi o que aconteceu. O leilão de compra de moeda no mercado à vista realizado pelo Banco Central pela manhã não mexeu com as cotações. Tampouco o avanço dos preços do petróleo no exterior – o barril ultrapassou os US$ 74 em Nova Iorque e Londres – e dos rendimentos dos treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) perturbou a tranqüilidade dos investidores.

De acordo com especialistas, a melhora dos fundamentos da economia do país – como o desempenho da balança comercial e a queda da inflação – é que explica o forte otimismo que tomou conta do mercado financeiro, fazendo-o sofrer menos com notícias negativas que se referem a problemas pontuais. O dólar paralelo ficou estável a R$ 2,32 e o turismo caiu 0,91%, a R$ 2,16.

Bolsa

As ações da Petrobrás, que teve seus campos de exploração de petróleo e gás e refinarias tomados pelo governo boliviano, ajudaram a bolsa brasileira a subir. Seus papéis ordinários avançaram 3,41%, a R$ 52,75, e os preferenciais tiveram valorização de 1,77%, a R$ 47,05, com o maior giro do pregão. Já os papéis da Comgás perderam 3,15%, a R$ 280,10, porque, segundo avaliação de especialistas, cerca de 70% do gás comercializado pela companhia vem da Bolívia. Outro destaque do dia foi a variação das ações do Itaú, que subiram depois que o banco anunciou ter comprado os ativos do BankBoston. Os papéis do banco Itaú subiram 4,13%, para R$ 68,49, e os da Itaú S.A. – holding que reúne todas as empresas do grupo – tiveram elevação de 3,67%, a R$ 9,87.

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