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O dólar fechou no maior nível em mais de dois meses nesta quinta-feira, revertendo a queda registrada pela manhã em reação a expectativas de que o governo possa anunciar medidas sobre o câmbio.

A moeda norte-americana subiu 0,72 por cento, a 1,686 real na venda. É o maior nível desde 11 de janeiro, quando a divisa terminou a 1,687 real.

Na máxima, a cotação avançou 0,84 por cento, enquanto na mínima cedeu 0,36 por cento.

"Teve gente desmontando posição vendida depois que saíram notícias de que o governo poderia anunciar algo logo. Na dúvida, as pessoas correm para o dólar", afirmou Luiz Antônio Abdo, gerente de câmbio da corretora Souza Barros.

No meio da tarde, a moeda norte-americana chegou a atingir 1,688 real, após uma notícia sobre aumento de tributos para bebidas frias. Parte do mercado interpretou, por um breve momento, que a informação se referia a aumento de alíquotas sobre a entrada de capitais no país, o que disparou ordens de compra de dólares por ao menos três casas --uma corretora local e dois bancos, um brasileiro e um estrangeiro.

"Em meio a essas notícias, quem estava vendido disparou 'stops'", disse Jorge Knauer, diretor de tesouraria do Banco Prosper, no Rio de Janeiro.

"Está todo mundo com os nervos à flor da pele. As pessoas estão olhando liquidez, olhando para o site do BC para ver se tem alguma medida", completou.

A exposição vendida de investidores estrangeiros em dólar já vem diminuindo desde que fontes do Ministério da Fazenda disseram que o governo estudava anunciar medidas sobre o câmbio logo após o Carnaval.

De acordo com números da BM&FBovespa referentes a quarta-feira, os não-residentes mantinham 12,107 bilhões de dólares em posições vendidas nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI). É o menor valor desde o final de fevereiro.

A apreensão havia arrefecido um pouco depois que fontes, também da Fazenda, afirmarem na noite de terça-feira que as autoridades tinham abandonado por ora a ideia de adotar tais medidas devido a novas incertezas decorrentes da tragédia que se abateu sobre o Japão.

O movimento do dólar no final da sessão destoou da oscilação da moeda no exterior. Ante uma cesta de divisas, o dólar recuava 0,9 por cento, pressionado pela alta do euro acima de 1,40 dólar.

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