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O dólar encerrou em queda frente ao real nesta sexta-feira, registrando a quinta baixa consecutiva, mas os negócios foram marcados por mais cautela dos investidores após a divulgação de alguns resultados corporativos fracos nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,16 por cento, cotada a 1,928 real na venda, depois de chegar a subir 0,52 por cento durante a manhã.

Na semana, o dólar acumula queda de 3,7 por cento e no mês, de 1,8 por cento.

No mercado externo, o dólar sustentou alta frente a uma cesta com as principais moedas mundiais.

Os resultados corporativos divulgados nesta sexta-feira mostraram sinais contraditórios, impondo novas dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia.

O Bank of America apresentou lucro líquido no segundo trimestre menor que o do ano anterior, enquanto o Citigroup teve lucro de 4,3 bilhões de dólares depois de prejuízo de 2,5 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado.

O lucro líquido da GE caiu em quase todas as unidades e a receita financeirra ficou abaixo da perspectiva do mercado.

"Os volumes têm estado mais baixos em comparação com os últimos meses. Os bancos estão arriscando menos, por conta da dificuldade de captar linha lá fora e o período de férias (no Hemisfério Norte) também contribui", observou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora.

O volume de negócios no mercado à vista da BMF Bovespa tem diminuído neste mês. A média de negociação diária está em 1,4 bilhão de dólares, ante 1,9 bilhão de dólares no mesmo período do mês passado.

Nesta sessão, segundo dados preliminares, o volume foi de pouco mais de 1 bilhão de dólares.

Reservas Recordes

Ajudada pelos leilões diários de compras de dólar pelo Banco Central, as reservas internacionais do país atingiram na véspera nível recorde de 209,576 bilhões de dólares pelo conceito de liquidez.

O recorde anterior era de 6 de outubro do ano passado, quando as reservas estavam em 209,386 bilhões de dólares por esse mesmo conceito. Diante da crise financeira global, o BC precisou disponibilizar dólares para o mercado e o "colchão" brasileiro diminuiu.

Mas, desde o início de maio deste ano, a autoridade monetária inverteu sua atuação e passou a comprar dólares no mercado à vista. Nesta sessão não foi diferente.

Na próxima semana é esperada a oferta de ações da Brasil Foods, que pode movimentar até 5 bilhões de reais se considerado o fechamento da Perdigão na véspera do anúncio.

"Mas essa oferta deve ter um volume inferior ao da Visanet e a participação de estrangeiros deve ser menor", ponderou Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper.

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