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A Justiça brasileira obrigou empresas de telecomunicações a bloquear o acesso ao site de vídeos YouTube, mas "se esqueceu" do serviço on-line Google Video. As duas páginas são da mesma empresa - o gigante das buscas Google -, oferecem exatamente o mesmo serviço, têm estrutura bastante parecida e divulgam as imagens picantes de Daniella Cicarelli com seu namorado, Renato Malzoni Filho, em um uma praia espanhola. A assessoria de imprensa do Google não comenta o caso.

Na segunda-feira (08), antes do bloqueio, a reportagem do G1 conseguiu localizar no YouTube diversos desses arquivos - alguns identificados com o nome da modelo, enquanto outros estavam "disfarçados". Nesta terça (09), em poucos segundos, foi possível encontrar o mesmo conteúdo no Google Video. Além de estar disponível nos dois serviços da empresa de buscas, o material aparece em outras páginas e sites pornográficos da internet -- está lá, para quem quiser ver.

O processo do advogado Rubens Decoussau Tilkian, representante do casal, não cita o Google Video, mas sim o YouTube. Por mais que a página obedeça às ordens judiciais e exclua esse conteúdo, é bastante provável que os internautas continuem divulgando-o no site, criando uma batalha sem fim.

Isso indica que a modelo e apresentadora não conseguirá eliminar da internet o material, por mais que processe diversos outros sites. Juliana Abrusio, advogada do escritório Opice Blum e professora de direito eletrônico da Universidade Presbiteriana Mackenzie, defende que a melhor solução para esse caso seria a identificação dos responsáveis pela divulgação do vídeo de Cicarelli. "Se o material ficar inacessível no YouTube, certamente será disponibilizado em outras páginas, como o [site de relacionamentos] MySpace", acredita Juliana.

Essa falta de controle foi comentada por Vinton Cerf, o pai da internet, em entrevista ao G1 no final do ano passado. "O conteúdo divulgado on-line pode nunca desaparecer, mesmo que seus responsáveis se arrependam daquilo que colocaram na internet", afirmou Cerf, vice-presidente do Google. "Quando algo está no computador, pode sempre ser reproduzido e distribuído", continuou o especialista.

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