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E-mails enviados por dois gerentes de agências do Banco do Brasil, um de São Paulo e outro do Rio, levaram a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a suspender por até 30 dias a abertura de capital da BB Seguridade, braço de seguros do banco. Na mensagem, os gerentes avisavam a 66 cientes – 50 no Rio e 11 em São Paulo – sobre a oportunidade de comprar as ações, que estreariam na BM&FBovespa no dia 26 deste mês. A CVM os considerou divulgação irregular, sem "aprovação prévia" da autarquia, e mandou parar o que seria a maior abertura de capital do país desde 2009.

Em 2009, uma confusão semelhante levou ao descredenciamento de 23 corretoras que intermediavam a abertura de capital da então Visanet, hoje Cielo. As corretoras divulgaram publicidade por e-mail, considerada inapropriada por, supostamente, estimular a adesão. Pelo caminho, ficaram sem as ações os clientes que não tiveram tempo de fazer a reserva em outra corretora. Logo depois, a CVM decidiu padronizar e aprovar previamente o material de divulgação dessas operações.

Diante do fato, o BB corre contra o tempo para reverter a situação até amanhã. Se a operação for adiada para maio, os coordenadores terão de começar quase do zero, porque o prospecto (principal documento da abertura do capital) terá de incluir o balanço do primeiro trimestre de 2013. Até abril, só precisa do de 2012.

Ontem, o BB contatou os clientes que receberam o e-mail, permitindo que eles cancelassem a reserva de ações. O BB pediu que a CVM reconsidere a decisão. Procurados, a CVM e o BB não quiseram comentar.

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