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Enquanto o presidente George W. Bush amarga o pior índice de popularidade de um mandatário americano desde Richard Nixon, principalmente por causa da Guerra no Iraque, a economia vai bem e o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA teve uma taxa de crescimento anualizada de 3,5% no quarto trimestre de 2006, informou o Departamento de Comércio americano nesta quarta-feira.

No ano, o PIB saltou 3,4%, mais que o ganho de 3,2% em 2005.

A economia dos Estados Unidos cresceu em ritmo mais forte do que o esperado no último trimestre do ano passado, influenciada por um forte volume de gastos e inflação em baixa, movimentos que foram mais do que suficientes para compensar o recuo nos investimentos residenciais, cuja queda foi a maior em 15 anos.

Economistas ouvidos pela agência Reuters antes da divulgação do relatório aguardavam uma expansão do PIB de 3% em termos anuais.

Os números fortemente positivos do último trimestre do ano são a última informação entre os dados chaves a serem analisados pelos formuladores de política do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) durante a reunião desta quarta-feira. Os economistas esperam que a taxa de juros americana não seja alterada pelo Fed.

Inflação baixa

Do lado da inflação, o índice de preços PCE, bastante acompanhado pelo Fed, registrou deflação de 0,8% no trimestre, a maior queda desde o terceiro trimestre de 1954, quando foi registrado um recuo de 1,2%.

A queda trimestral reflete as grandes baixas nos preços de energia - especialmente por causa da queda do preços do petróleo no mercado internacional - e ficou muito abaixo do avanço de 1,9% projetado por economistas de Wall Street.

Esse foi também o primeiro recuo no índice desde a queda de 0,1% no segundo trimestre de 1961.

Excluindo os voláteis preços de alimentação e energia, o chamado núcleo do índice PCE avançou 2,1%, ainda levemente acima da faixa de conforto do Fed, entre 1% e 2%. Os economistas previam que o núcleo do PCE teria alta de 2,2%.Construção de novas moradias

Os gastos com construção de novas moradias caíram 19,2% ao longo do trimestre, em meio ao contínuo arrefecimento do mercado de imóveis. Esse foi o maior recuo desde a queda de 21,7% nos primeiros três meses de 1991. No ano, os gastos residenciais perderam 4,2%, também a maior queda desde 1991.

Durante o quarto trimestre, os gastos pessoais subiram saudáveis 4,4%, o melhor desempenho desde o primeiro trimestre do ano passado.

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