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O superávit primário do Brasil, economia que o país faz para o pagamento de juros, fechou 2005 em 4,84% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país), o maior percentual desde 1994, quando ficou em 5,21% do PIB e muito acima da meta para o ano passado, de 4,25%. Em termos nominais, o superávit ficou em R$ 93,5 bilhões no período, a cifra mais elevada desde o iníco da série histórica do Banco Central (BC), em 1991. Mesmo toda a contenção de gastos, bastante criticada por parte do mercado e até mesmo dentro do próprio governo, não foi suficiente para arcar com todos os gastos com juros no ano passado, que somaram R$ 157,145 bilhões, também recorde histórico, o que gerou déficit nominal de R$ 63,641 bilhões.

- A economia que se fez foi para estabilizar a dívida (em relação ao PIB). Foi o (superávit) primário suficiente para estabilizar essa relação. O excesso resulta de gestão de despesa e maior arrecadação - disse o chefe do departamento econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Em 2005, a relação dívida líquida do setor público/PIB ficou em 51,6%, dentro da estimativa do BC e a menor desde 2000, quando ficou em 48,8%. Esse número, que praticamente manteve o mesmo patamar de 2004 (51,7%), levou em consideração crescimento do PIB em 2,6% no ano passado, um pouco acima do que espera a média do mercado, abaixo de 2,5%. Em termos nominais, a dívida chegou a R$ 1,002 trilhão, puxada pela desvalorização cambial de 6,1% no período e por conta dos juros elevados.

Para 2006, afirmou Lopes, a projeção da instituição é que essa relação fique em 50,3%, devido à expectativa de redução da taxa básica de juros - hoje em 17,25% ao ano - para média de 15,81% anuais em 2006, além do câmbio encerrando o ano a R$ 2,39. A meta do superávit primário deste ano também é de 4,25% do PIB e é com esse número que o BC trabalha.

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